Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas. Ensinam-se os homens a serem honestos; sem isso, poucos chegariam a sê-lo. Sabei que o segredo das artes é corrigir a natureza.
As paixões são os ventos que enfunam as velas dos barcos, elas fazem-nos naufragar, por vezes, mas sem elas, eles não poderiam singrar. A alma é uma fogueira que convém alimentar, e que se apaga dado que não se aumente.
Encontra-se oportunidade para fazer o mal cem vezes por dia e para fazer o bem uma vez por ano. Façam o que fizerem, destruam a infâmia e amem aqueles que vos amam. Todas as grandezas do mundo não valem um bom amigo.
Quanto mais envelhecemos, mais precisamos ter o que fazer. Mais vale morrer do que arrastarmos na ociosidade uma velhice insípida: trabalhar é viver. Não prestamos para nada se só formos bons para nós próprios.
Todo o homem é culpado do bem que não fez. Uma conduta irrepreensível consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia. Deve-se consideração aos vivos; aos mortos deve-se apenas a verdade.
François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 – Paris, 30 de maio de 1778)
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