Usina de Letras
Usina de Letras
68 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62816 )
Cartas ( 21343)
Contos (13289)
Cordel (10347)
Crônicas (22568)
Discursos (3245)
Ensaios - (10539)
Erótico (13585)
Frases (51207)
Humor (20118)
Infantil (5544)
Infanto Juvenil (4873)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141097)
Redação (3341)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6300)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Tannhäuser -- 29/08/2001 - 18:12 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








........................................................................................................................................................................................................
Fonte: www.udoklinger.de

Como o império ampliou-se no reinado do Imperador Staufen, do Elba até à parte mais distante da península itálica,

as belas artes estavam em alta conta. Cantores românticos iam de castelo a castelo e achavam recepção hospitaleira.

Naquele tempo, vivia na Áustria o Senhor de Tannhäuser, um cavaleiro de tradicional linhagem. Como vassalo do conde

ele estava engajado no exército do imperador na cruzada do país sagrado, porém debaixo do escudo cavalheiresco batia o

coração do cantor e, muito mais que a vida cavalheiresca, ele preferia a livre existência, uma rara vida vadia,

com suas canções de louvor à beleza feminina e outras elegantes canções sobre o barulho de armas e lutas entre homens

pelo país. Onde ele fosse como convidado, sua arte era bem recebida pelas belas mulheres e pelos nobres homens. Porém,

há muito tempo tinha ficado notório que Tannhäuser era de vida fácil e relaxada, e sabia-se que ele era um cavaleiro

folgazão, que não sabia segurar o dinheiro em sua bolsa. Não tivesse o Duque Friedrich interferido, de Viena, em sua

ajuda, o irrefletido cantor não teria jamais se livrado das garras de salões e agiotas. Não fosse isso, Tannhäuser

teria despendido irresponsavelmente, apesar da sua proteção de cavaleiro, uma boa parte da sua existência. A bela casa,

no Danúbio, com que o mesmo duque protetor havia lhe presenteado, também, foi deitada fora pelas mãos do inconstante

homem, além de toda a reserva em dinheiro, e Tannhäuser ficou novamente pobre como antes.

Certa vez, em uma de suas viagens pelos distritos alemães, ele alcançou Wartburg, que ficava no alto de uma das serras

nas ricas florestas da Thuringia. Com prazer, o castelão e nobre senhor de Wartburg, Conde Hermann, simpatizante das

belas artes, atendeu ao seu pedido de hospedagem. Além disso, ele estava a fim de observar a negligência do fidalgo.

O cantor tinha sido seu hóspede por muitas vezes, competindo com outros nobres cantores, pois ao vencedor caberia como

prêmio a mão de Elisabeth, a encantadora sobrinha do conde.

Tannhäuser satisfez com galhardia a todas as expectativas e encantou os residentes no castelo com seu belo recital.

Como ele cantou falando de amor elegante e do amor fiel, então, a bela Elisabeth acreditava que nenhum outro mereceria

o prêmio.Ela não estava errada sobre isto, porque o cantor tinha se apaixonado por ela, porém, ao mesmo tempo, este amor

se converteu em desespero selvagem: Tannhäuser soube que a ele, um cavaleiro pobre e sem chão próprio, um pé-de-chinelo

que era conhecido em tavernas, nunca deveria esperar ganhar em casamento a sobrinha do nobre e poderoso conde.

Além disso, o conde havia chamado outros cantores de todos os rincões do país para a disputa da arte do canto e todos se

achavam em condições de ganhar o prêmio. Assim, foram convidados cantores muito famosos, como os senhores

Walther von der Vogelweide e o valente Wolfram, Reimar Zweter e Heinrich von Ofterdingen.

Porém, quando os convidados foram chamados para o banquete, esperaram em vão pelo cantor na sala de jantar. Como o

castelão mandou buscá-lo, os criados acharam o camarim vazio. Sem dizer palavra alguma ao hospitaleiro anfitrião,

Tannhäuser saíra dali - também sem nenhuma palavra de saudação à virgem Elisabeth que já estava caidinha por ele.

Apaixonado e com o coração cheio de desassossego, ele atravessou a solidão infinita das florestas da Thuringia. Lá um

estranho parou repentinamente na frente dele um vagabundo que parecia ser como ele, pois ele também levava o violino

de trovador às costas: "Olá, companheiro!", saudou-o o estranho. Como ambos eram diferentes! Tannhäuser, louro

reluzente e de roupa clara, colorida; o outro trajava um capote preto rodado, e tinha cabelo e barba pretos; os olhos

escuros tinham um preto brilhante, penetrante.

"Onde o caminho?", perguntou o estranho. "Se queirais ir a Wartburg para a festa do cantor, então, com prazer o mestre

Klingsor pode vos mostrar o caminho".

O cantor olhou para o outro de modo pouco amistoso: "Eu não tenho nenhuma meta", tristonho, respondeu. "Tannhäuser é

meu nome, e talvez seja uma sina dos meus antepassados, viver lamentando, entre pinheiros...".

"Se vós estais de acordo", disse o homem de preto, "que tal descansarmos juntos por aqui? Eu não tenho nenhuma meta

também ". Eles se acamparam no chão da floresta, e Klingsor ouviu falar da paixão de amor que deprimia o pobre

cavaleiro. "Quando eu passei prazerosamente no jardim do castelo e cantei para ela minhas canções . . ." Aí, a

voz do homem de preto interrompeu seu sonho: "Ela não é nada para vós, Tannhäuser. O coração dela exige refinado

alimento e encanto mais forte. Dizem que a bela Elisabeth só gosta de música sacra " .

A face do cantor se empalideceu e, de má vontade, ele respondeu: "Vós estais enganado, Klingsor, se credes que eu

não sei cantar nada mais que canções de amor. Já agradei Elisabeth com algumas canções do meu tempo de cruzado.

Como é triste para mim, sempre ter de perguntar se eu alegro e se devo cantar melodias fogosas à lira." Então, o

mestre Klingsor riu tão alto e desdenhoso que Tannhäuser se amedrontou. Lado a lado, eles cavalgaram até mais

adiante então. Tannhäuser ficou pensando consigo mesmo, cheio de tristeza. De repente, ele parou e agarrou o

companheiro pelo braço. "Escutai!", disse ele vivamente interessado. Da sua face havia sido tirada aquela afiada

tristeza e brotou um semblante de felicidade fora do comum. " Escutai !", disse ele novamente. "Como são os tons

milagrosos - que tipos de sons são divinos para tocar e cantar?"

O companheiro estranho sorriu astuto: " Há uma montanha desta floresta aqui, à nossa frente, de tipo muito raro.

Ela é a morada da divina Vênus, a deusa do amor que dá para o ser humano toda a felicidade desta terra. É o

Hörselberg!" (O "monte do ouvir a si mesmo?")

Relutante, Tannhäuser olhou para cima. Quem poderia lhe falar de amor, uma vez que que ele mesmo buscou fugir de

suas canções de amor e não desejava nada mais que consolo e esquecimento ? Então, ele viu como o Hörselberg se

abriu. De dentro do monte, de súbito, veio um fogo resplandecente. Em seguida, na entrada da gruta Tannhäuser

viu moças charmosas e esculturais, de rara beleza, que o chamavam e o atraiam com encantadores sons .

"Um milagre!", gaguejou ele deslumbrado; era como se ele estivesse olhando para dentro do paraíso.Klingsor,

com palavras, o atraía: " Confiai-vos à Sra. Venus, companheiro, assim toda a preocupação desaparece, divinas

ondas de esquecimento convertem-se em novas e paradisíacas felicitações de amor!"

Tannhäuser olhou para ele com profunda consternação . Poderia ele esperar a solução para suas tormentas? Decidido,

ele começou a subir o monte. Então, cheio de surpresa, deparou-se com um homem que veio ao seu encontro pela trilha

da floresta. O homem velho de barba branca cacheada era antigo como as gigantescas árvores ao redor, porém de

postura ereta como a de um rapaz. Seu olhar paternal transmitia calma . Parecia ser um peregrino, pois ele portava

um cajado e a bolsa de peregrino.

" Louvado seja Deus, nobre Tannhäuser!", disse o velho amavelmente ao cantor . Grossseiro, o cavaleiro respondeu à

saudação, porque o olhar dele caiu como que encantado pela atraente imagem na gruta. "Nobre Tannhäuser", disse

o velho grisalho e pôs a mão no braço dele como se estivesse querendo dar-lhe apoio. " Não siga o engodo da

sedução ", advertiu-o de dedo em riste: " A corrupção ameaça a todos os que entram na serra de Vênus!"

" Quem sois vós ", Tannhäuser perguntou surpreso, "para fazer tal lembrança a mim ? Algum espírito da floresta ?"

O velho sorriu suavemente e balançou a cabeça. "As pessoas me chamam Eckart, o confiável. A tarefa de minha vida

é esta: proteger criaturas humanas enganadas pelos perigos do Hörselberg. Ouça minha advertência, Tannhäuser: não

entre na montanha aqui a sua frente, porque ali impera a infernal Vênus! Pense na paz de sua alma e corra sem

hesitar de lá! Quem entra nesta montanha tentadora e desfruta as alegrias dela, nunca pode voltar novamente! Ele

perderá as felicidades eternas!"

Preocupado, voltou-se Tannhäuser para Klingsor, seu companheiro misterioso. Seria ele capaz de interpretar as

advertências do velho? Mas o trovador de preto desapareceu depois que havia dado uma estridente risada. Tannhäuser,

o diligente, não estava disposto a sacrificar a paz de sua alma. "Obrigado, por vosso conselho, bom velho!", disse

e seguiu seu caminho.

Satisfeito, o confiável Eckart seguiu-o com os olhos. Porém, os sons e os cantos ficaram mais altos. Cava vez mais

fascinantes se tornaram os sons que soaram da mágica montanha, sempre atraindo e cativando. Querendo ou não,

Tannhäuser parou e admirou a altura com alegre ansiedade.

" Pense em tua salvação espiritual! ", exclamou novamente Eckart advertindo, mas os sons encantadores eram tão

fortes que ressonavam nos ouvidos e os embalava em sonho encantador.

Então, uma voz ficou claramente distinta: "Então, entra logo em meu paradisíaco império!" Diante dos olhos de

Tannhäuser a montanha se abriu toda e lá, a própria Vênus, a deusa do amor, descansava em macios aposentos cheios

de rosas. Então, ela ergueu a mão e sinalizou para que ele entrasse. Aí, o pobre cantor foi atraído e dominado

pelo fascinante quadro mágico, do qual ele não tinha ouvido falar dentre as advertências de Eckart. As canções de

amor para a atraente Elizabeth foram também esquecidas. Ele foi puxado por uma força irresistível para o reino da

deusa, sendo por ela recebido de braços abertos.

Em sua nostalgia, Elizabeth procurou por toda a Turíngia o cantor amado. Ninguém sabia dizer sobre o paradeiro de

Tannhäuser. Porém seu bom tio, o conde, tinha reconhecido sua triste ansiedade há muito tempo e planejou um modo

para a ajudar: ele queria que os cantores mais famosos das terras germânicas fossem chamados para uma competição.

Certamente, aquela convocação alcançaria as pessoas desaparecidas e , seguramente, também, ele apareceria no

Wartburg.

Já era passado um ano que Tannhäuser desfrutava da alegria do reino de Vênus, mas a liberdade ele não achava. Só

fadiga e desgosto encheram sua alma. E seu coração queimava em profundo remorso por sua pesada culpa . Então, não

suportando mais a montanha mágica, ele pediu férias à deusa Vênus. A deusa não quis libertar o amante, mas,

finalmente, deixou que ele se fosse. " Eu te imponho a condição ", disse ela asperamente " que tu voltes a mim, caso

tu não encontres a remissão dos teus pecados!" Depois disso, ela submeteu-o a um profundo sono. Quando Tannhäuser

acordou, ele estava deitado no chão da floresta, onde uma vez ele encontrara Klingsor e Eckart, o confiável.

O pobre Tannhäuser sentia no fundo do coração, mais ainda, o peso de sua culpa. Como ele ouvira tocar o pequeno

sino de uma igreja próxima, ele caminhou em direção ao som. Na capela da floresta a que ele chegou, ele lançou-se de

joelhos diante do padre e confessou a ele todos os seus pecados.

ele se benzeu cheio de horror. "Mesmo com teu ato de contrição", disse o pai espiritual , "ainda assim, não estou

em condições de perdoar teus pecados". À tardinha, Tannhäuser chegou a um mosteiro. Porém o abade proibiu-o de

entrar naquele lugar sagrado.Desesperadamente, o rejeitado vagou pela solidão da floresta. Ele tomou consciência de

que não tinha saída — também, ele nada sabia sobre a competição dos cantores que o conde Hermann havia promovido e,

mesmo que soubesse não teria ousado competir, já que se sentia como se tivesse sido expulso do círculo das pessoas

nobres de Wartburg. Mas, o destino quis que ele tivesse um raro encontro por lá. Acompanhado dos cantores convidados

para o duelo musical, o conde Hermann havia saído para uma prazerosa caçada. Como ele e seus hóspedes se espantaram

quando, de repente, viram o cantor, tanto tempo desaparecido do seu círculo — e quão preocupado e desanimado se

mostrava Tannhäuser com aquele encontro que ele tanto gostaria de evitar.

"Benvindo, precioso cantor!", saudou-o o conde Hermann.Alegres, todos os seus acompanhantes o saudaram também. Nenhum

deles percebeu o quanto o reencontrado se sentia culpado e o levaram em triunfo para Wartburg. "Vós demorastes muito",

exclamou o conde então. "Agora, a competição entre os cantores pode começar." Em festiva espera acomodaram-se no salão

os convidados em luxuosos sofás, num dos quais ele se assentou, ao lado do trono da bela Elizabeth. Primeiro, foi a

vez de Wolfram von Eschenbach, anunciado pelo conde.

Reinou profundo silêncio no salão, enquanto ele recitava sua canção de amor que falava de pureza e castidade das quais

todo o Bem deste mundo deriva. Também o Sr. Walther von der Vogelweide recebeu calorosa aprovação. "Que cante o senhor

Tannhäuser !", soou a voz do arauto, então, pelo salão. Enquanto ele atendia à convocação, soaram-lhe nos ouvidos as

palavras de maldição do confiável Eckart: " Nunca, vós achareis vossa salvação!"

Porém, quando contemplou a festiva e bem humorada platéia, ele foi tomado pelas lembranças irresistíveis das vivências

encantadoras da montanha mágica de Vênus. E, assim, Tannhäuser dedilhou suas cordas e cantou sobre o amor que só exige

felicidade e prazer, depois de libidinoso proveito. " Desprezíveis sois e vossas virtuosas palavras ", assim ele

chamou presunçosamente os cantores, " porque vós nunca desfrutastes do amor! Quem quer conhecê-lo, que entre na serra

de Vênus!"

Friamente rejeitado ele continuou na festiva reunião . Então, ocorreu uma selvagem agitação no salão. Nobres senhoras

mostravam-se seriamente feridas em sua honra e os nobres cavaleiros empunharam valentemente suas espadas para castigar

o inconveniente. Somente com muito esforço pôde o conde conciliar aquela irada excitação . A própria Elisabeth pediu a

vida de Tannhäuser.

Profundamente envergonhado, ele mirou a nobre e bem intencionada virgem que encarou com magnanimidade tal audácia.

Ela lhe aconselhou que procurasse expiação na Catedral de São Pedro, em Roma.

Passando pelos Alpes, ele evitou as moradias dos homens e pernoitou nas fendas de rochas e em troncos ocos de árvores.

Como a imagem de inexprimível aflição humana, Tannhäuser colocou-se diante do Santo Padre. Estava no jardim papal onde

o Papa caminhava. "Tende piedade de mim, um penitente e descartado pecador exclamou o trêmulo enigrante. Cheio de

fraquezas, ele relatou o engodo pelo qual se deixou levar na montanha de Vênus.

"_Quem se perdeu como tu permanece para sempre condenado", disse-lhe o Santo Padre, sério e inabalável. " Veja este

cajado de pastor que eu conduzo. Esta madeira morta ficará verde quando te livrares dos teus pecados." Em seguida, Ele

cravou seu bastão na terra do seu jardim. Despojado de toda esperança, Tannhäuser cambaleou ao sair dali.

Ao terceiro dia depois do encontro com o infeliz Tannhäuser, o Santo Padre passeava pelo jardim. Seus olhos caíram

sobre o cajado fincado no chão. A madeira que era morta estava coberta de brotos e germinava folhas. Um milagre de

Deus aconteceu ali. O Altíssimo demonstrava com divina revelação que Ele perdoava o penitente pecador. Em vão os

auxiliares do Papa procuraram pelo peregrino estrangeiro. Em seu desespero, o infortunado Tannhäuser havia voltado

para o seu país. Novamente, ele se arrastou pelos caminhos gelados dos Alpes.

Uma febril ansiedade o levou até o monte Hörselberge, onde Vênus o recebera uma vez , vivamente apaixonado. Todas

as buscas por ele foram em vão. Alguns fazendeiros, passando a pé pelos campos de Wartburg, afirmaram terem visto

um peregrino que trajava roupas satânicas e subindo o morro como quem tivesse muita pressa. Porém, do infeliz

Tannhäuser nunca mais se teve notícias.

**********************************************************************************************************************


Tannhäuser
Als unter der Herrschaft der Staufenkaiser das Reich sich von der Elbe bis in den fernsten Teil der italischen Halbinsel erstreckte, standen die schönen Künste in hoher Blüte. Minnesänger zogen von Burg zu Burg und fanden gastliche Aufnahme. Damals lebte im Österreichischen der Herr von Tannhäuser, ein Ritter aus altem Geschlecht. Als Lehnsmann des Grafen war er im Kaiserheere auf dem Kreuzzug mit ins Heilige Land gezogen, doch unter dem ritterlichen Panzer schlug das Herz des Sängers, und mehr als ritterliches Leben behagte ihm das freie, ungebundene Dasein des fahrenden Ritters, der seine Lieder zum Lobe von Frauenschönheit und züchtiger Minne, von Waffenlärm und Männerstreit durch die Lande trägt. Wo er als Gast einkehrte, wurde seine Kunst von schönen Frauen und edlen Herren wohl aufgenommen.
Doch längst war ruchbar geworden, daß der Tannhäuser von leichter und lockerer Wesensart war, und man wußte, er war ein Ritter Windbeutel, der das Geld nicht im Säckel halten konnte. Hätte sein Herzog Friedrich, der in Wien hofhielt, den leichtlebigen Sänger nicht immer wieder aus den Händen von Schankwirten und Wucherern befreit, so hätte der Tannhäuser trotz seines Ritterschildes wohl ein gut Teil seines Daseins im Schuldturm verbringen müssen. Der schöne Hofbesitz an der Donau, den der herzogliche Gönner ihm geschenkt hatte, zerrann dem unsteten Mann unter den Händen wie auch aller Geldvorrat, und der Tannhäuser war wieder arm wie zuvor.
Auf seinen Fahrten durch die deutschen Gaue gelangte er einst zur Wartburg, die im waldreichen Thüringen auf einer Bergeshöhe liegt. Gern erfüllte der Burgherr seine Bitte um ritterliche Herberge, denn Landgraf Hermann, der Herr der Wartburg, war den schönen Künsten wohlgesinnt. Auch er war bereit, ihm seine Leichtfertigkeit nachzusehen. Mehrfach war der Sänger bei ihm zu Gast gewesen, um im Wettkampf mit ritterlichen Sängern um den Preis zu ringen, den der Sieger aus den


Händen Elisabeths, der lieblichen Nichte des Landgrafen, empfangen durfte.
Tannhäuser wußte alle Erwartungen wohl zu erfüllen, und beglückt lauschten die Bewohner der Burg seinem Gesang.
Wenn er von Minne und getreuer Liebe sang, so glaubte die schöne Elisabeth, daß er niemanden anders als sie selber preise.
Sie täuschte sich darin nicht, denn der Sänger war in Liebe zu ihr entbrannt, doch zugleich stürzte ihn diese Liebe in wilde Verzweiflung: Tannhäuser wußte, daß er, ein armer Ritter ohne eigenen Boden, ein Leichtfuß, der in Schenken heimisch war, niemals hoffen durfte, die Nichte des hochgeborenen, mächtigen Landgrafen zur Ehe zu gewinnen.
Auch zu dieser Zeit hatte der Landgraf zum Wettkampf in der Kunst des Gesanges aufrufen lassen, und aus allen Landen hatten sich die Sänger eingefunden, um den Preis zu erringen. Da waren als Gäste hochberühmte Sänger wie Herr Walther von
der Vogelweide und der wackere Wolfram, Reimar Zweter und Heinrich von Ofterdingen.
Doch als die Gäste dann zum festlichen Mahl gerufen wurden, wartete man im Speisesaal vergeblich auf den Sänger. Als der Burgherr ihn holen ließ, fanden die Diener die Kammer leer. Ohne Abschiedswort an den gastfreien Hausherrn war Tannhäuser davon - auch ohne Grußwort an die jungfräuliche Elisabeth, die ihm alle Herzensneigung zugewandt hatte.
Liebeskrank und das Herz voller Unruhe, zog er durch die unendliche Einsamkeit der Wälder Thüringens.
Da hielt plötzlich ein Fremder vor ihm, ein Fahrender schien er zu sein wie er, denn auch er trug die Spielmannsfiedel auf dem Rücken.
"Holla, Gesell! rief der Fremde ihn an.
Wie verschieden war beider Aussehen! Tannhäuser mit lichtblondem Haar und dem Kleid in hellen Farben, der andere trug einen wallenden schwarzen Umhang, und
schwarz waren auch Haar und Bart; die dunklen Augen hatten schwarzen, stechenden Glanz.
"Wohin des Wegs?" rief der Fremde. "Wenn Ihr auf die Wartburg zum Sängerfest wollt, so kann Meister Klingsor Euch wohl den Weg weisen."
Der Sänger blickte den andern ohne Freundlichkeit an. "Ich habe kein Ziel", versetzte er düster. "Der Tannhäuser heiße ich, und vielleicht ist es mir wie einst meinen Ahnen beschieden, im Tann zu hausen . . ."
"Wenn es Euch recht ist", sprach der Schwarze, "so laßt uns hier zusammen rasten. Auch ich habe kein Ziel."
Sie lagerten auf dem Waldboden, und Klingsor hörte von den Liebesqualen, die den Ritter Habenichts bedrückten. "Wenn ich im Burggarten mit ihr lustwandelte und ihr meine Lieder sang. . ."
Da riß ihn die Stimme des Schwarzen aus seinem Träumen: "Die ist nichts für Euch, Tannhäuser. Euer Herz verlangt nach feinerer Kost und derberer Sinnenlust. Die schöne Elisabeth, sagt man, ist schon zu ihren Lebzeiten eine Heilige."
Das Gesicht des Sängers verfinsterte sich, und unwillig antwortete er: ,"Ihr irrt, Klingsor, wenn Ihr glaubt, daß ich von nichts anderm zu singen weiß als von niederer Minne. Auch Elisabeth habe ich schon mit manchem Lied aus meiner Kreuzfahrerzeit erfreut. Wie traurig ist mir oft zumut, wenn ich heitere und übermütige Weisen zur Leier singen muß."
Da lachte Meister Klingsor so laut und höhnisch, daß Tannhäuser zusammenschrak.
Seite an Seite ritten sie dann weiter. Tannhäuser grübelte düster vor sich hin. Plötzlich hielt er an und packte den Begleiter am Arme. "Horch! sagte er tief betroffen. Über sein Gesicht, das von dem herben Leid gezeichnet gewesen war, glitt es wie ein Schein überirdischer Seligkeit. "Horch!" sagte er wieder. ,"Was sind
das für wundersame Töne - was ist das für ein himmlisches Klingen und Singen?"
Der seltsame Begleiter lächelte wissend: "Der Bergwald hier vor uns ist von ganz besonderer Art. Er ist der Wohnsitz der göttlichen Venus, der Liebesgöttin, die dem Menschen alle Wonnen dieser Erde schenkt. Es ist der Hörselberg!"
Unwillig wandte Tannhäuser sich ab. Wer sollte ihm von der Liebe reden, da er doch seiner Minne zu entfliehen suchte und ihn nach nichts als nach Trost und Vergessen verlangte?
Da sah er, wie der Hörselberg sich öffnete. Aus dem Berginnern brach jäher Glanz wie Feuerschein. Im Innern der Grotte erblickte Tannhäuser nun liebliche Mädchengestalten von überirdischer Schönheit, die riefen und lockten ihn mit bezaubernden Tönen.
"Ein Wunder!" stammelte er geblendet; ihm war, als schaute er mitten hinein ins Paradies. Klingsors Worte klangen verlockend: "Vertraut Euch der Frau Venus an, Gesell, so schwindet aller Herzenskummer, himmlisches Vergessen winkt in neuer, paradiesischer Liebesseligkeit!"
Tannhäuser blickte ihn in tiefer Betroffenheit an. Sollte ihm hier die Erlösung aus seiner Herzensqual winken?
Unschlüssig starrte er zum Berg hinüber. Da gewahrte er voller Überraschung einen Mann, der ihm auf dem Waldweg entgegengeschritten kam. Der Greis mit dem wallenden weißen Bart war uralt wie die Baumriesen ringsum, doch von aufrechter Haltung, als wäre er ein blühender Jüngling. Sein Blick strahlte väterliche Milde aus. Ein Pilgersmann schien er zu sein, denn er trug Pilgerstab und Pilgertasche.
"Gott zum Gruß, Ritter Tannhäuser!" redete der Alte den Sänger freundlich an. Unwirsch erwiderte der Ritter den Gruß, denn sein Blick hing wie gebannt an dem lockenden Bild in der Grotte.

"Ritter Tannhäuser" sagte der eisgraue Alte und legte ihm die Hand auf den Arm,
als wolle er ihn zurückhalten. ,"Folget nicht der lockenden Verführung!" Warnend hob er den Finger: "Verderben droht allen, die den Venusberg betreten!"
"Wer seid Ihr", fragte Tannhäuser erstaunt" ,"daß Ihr mir solche Mahnung aussprecht? Etwa ein Waldgeist?"
Der Alte lächelte nachsichtig und schüttelte den Kopf. "Den getreuen Eckart heißt man mich. Meine Lebensaufgabe ist es, irrende Menschenkinder vor den Gefahren des Hörselbergs zu bewahren. Höre meine Warnung, Tannhäuser: Betritt nicht den Berg hier vor dir, denn dort herrscht die höllische Venus! Denk an den Frieden deiner Seele und reite ungesäumt von hinnen! Wer in diesen verlockenden Berg eintritt und seine Freuden genießt, darf nimmermehr zurückkehren! Er wird die ewige Seligkeit verlieren!"
Betroffen wandte sich Tannhäuser nach Klingsor, seinem geheimnisvollen Begleiter, um. Ob dieser ihm die Warnungen des Alten deuten konnte? Aber der schwarze Spielmann, dessen Lachen so gellend geklungen hatte, war verschwunden.
Tannhäuser, der Leichtfuß, war nicht bereit, seinen Seelenfrieden zu opfern. "Dank für deinen Rat, guter Alter!" rief er und wandte sich zum Gehen.
Zufrieden blickte der getreue Eckart ihm nach.
Doch das Klingen und Singen wurde lauter. Immer lockender, berückender wurden die Töne, die aus dem Zauberberge erklangen. Ob er wollte oder nicht - Tannhäuser
hielt inne und blickte in seligem Verlangen zur Höhe hinauf.
"Denk an dein Seelenheil!" rief Eckart wieder warnend, doch zu stark waren die betörenden Klänge, die den Lauschenden umschmeichelten und in liebliche Träume einwiegten.
Jetzt wurde deutlich eine Stimme vernehmbar: "So komm doch in mein paradiesisches Reich!" Vor Tannhäusers Blicken hatte sich der Berg weit geöffnet,

und dort, dort ruhte auf duftigem Lager, das ganz von Rosen überquoll, Venus selber, die Liebesgöttin. Jetzt hob sie die Hand und winkte ihm zu kommen.
Da wurde der arme Sänger von dem lockenden Zauberbild übermannt, daß er Eckarts mahnenden Warnruf nicht mehr hörte. Vergessen war auch die Minne zur schönen Elisabeth. Mit unwiderstehlicher Gewalt zog es ihn in das Reich der Göttin; sie empfing ihn mit weit geöffneten Armen.
In ihrer Sehnsucht nach dem geliebten Sänger blickte Elisabeth über das weite Thüringer Land. Niemand wußte ihr von Tannhäusers Verbleib zu sagen. Doch ihr gütiger Oheim, der Landgraf, hatte längst ihre stille Seelenqual erkannt und sann auf einen Weg, ihr zu helfen: Er wollte die berühmtesten Sänger aus deutschen Landen zum Wettstreit aufrufen. Sicherlich würde solcher Ruf den so lange Vermißten erreichen, und sicherlich würde auch er auf der Wartburg erscheinen.
Ein Jahr lang hatte Tannhäuser die Freuden in Venus Reich genossen, doch Frieden hatte er nicht gefunden. Nur Überdruß und Ekel erfüllten seine Seele. Und sein Herz entbrannte in tiefer Reue über seine schwere Schuld.
Da hielt es ihn nicht mehr in dem Zauberberge, und er bat die Göttin um Urlaub. Frau Venus wollte den Liebhaber nicht freigeben, doch schließlich ließ sie ihn ziehen. "Ich stelle dir die Bedingung", sagte sie hart, "daß du zu mir zurückkehrst, wenn du keine Erlösung von deinen Sünden findest!"
Damit versetzte sie ihn in tiefen Schlaf. Als Tannhäuser daraus erwachte, lag er auf dem Waldesgrund, wo er einst Meister Klingsor und dem getreuen Eckart begegnet war.
Der arme Tannhäuser fühlte im tiefsten Herzen die Schwere seiner Schuld. Als er das Betglöcklein einer nahen Kirche läuten hörte, wanderte er dem Klange nach. In der Waldkapelle, zu der er gelangte, warf er sich vor dem Priester auf die Knie und beichtete ihm all seine Sünden.
Als aber der Priester hörte, daß der Beichtende geradewegs aus dem Hörselberg


komme, bekreuzigte er sich voll Entsetzen. "Wenn du auch von Reue zerknirscht bist", sagte der geistliche Vater, "so bin ich doch nicht in der Lage, dich von deiner Sünde loszusprechen."
Gegen Abend gelangte Tannhäuser an ein Kloster. Doch der Abt verbot ihm, die geweihte Stätte zu betreten.
Verzweifelt irrte der Verworfene in der Waldeseinsamkeit umher. Er wußte sich keinen Ausweg - und er wußte auch nichts von dem Sängerkrieg, zu dem Landgraf Hermann aufgerufen hatte aber nie hätte er, der sich als Ausgestoßener fühlte, es gewagt, sich dort im Kreise der edlen Menschen auf der Wartburg zu zeigen.
Seine unstete Wanderung führte ihn bis in die Nähe der Wartburg. Dort führte das Schicksal eine seltsame Begegnung herbei. Denn mit den ritterlichen Sängern, die dem Aufruf zum Wettstreit auf der Wartburg gefolgt waren, war der Landgraf zu fröhlicher Jagd ausgezogen. Wie staunte er mitsamt seinen Gästen, als sie pIötzlich den Sänger erblickten, den sie so sehr in ihrem Kreise vermißten - und wie betroffen und bestürzt zeigte sich Tannhäuser bei dieser Begegnung, die er so sehr hatte vermeiden wollen!
"Willkommen, edler Sänger!" grüßte ihn Landgraf Hermann, und froh grüßten ihn seine Begleiter. Sie alle spürten nicht, was den Wiedergefundenen so schuldhaft bedrückte, und führten ihn im Triumph zur Wartburg.
"Allzulange habt Ihr gesäumt! rief der Landgraf dann. "Nun mag der Sängerkrieg beginnen!" In festlicher Erwartung scharten sich im Saale die Gäste um den Prunksessel, in dem er, die schöne Elisabeth an seiner Seite, thronte.
Als erster wurde Wolfram von Eschenbach, der derbfrohe Landedelmann, aufgerufen. Andachtsvolle Stille lag über dem Saal, als er seine Minnelieder von Reinheit und edler Keuschheit, aus der alles Gute in dieser Welt erwächst, vortrug.

Auch Herr Walther von der Vogelweide fand warmen Beifall.
"Es singt der Herr von Tannhäuser!" klang dann die Stimme des Herolds durch den Saal. Während er dem Aufruf folgte, klangen ihm die Verdammungsworte des getreuen Eckarts in den Ohren: "Nie wirst du dein Heil finden!"
Doch als er dann über den festlich gestimmten Zuhörerkreis hinwegblickte, packte ihn unwiderstehlich die Erinnerung an jene betörenden Erlebnisse im Zauberberg der Venus. Und so schlug der Tannhäuser in die Saiten und sang von einer Liebe, die nur nach Wonnen und nach Genuß verlangt, nach triebhaftem Genuß. "Armselig nenn ich euch und eure tugendhaften Worte", so rief er in vermessener
erwegenheit den Minnesängern zu, "denn ihr habt die Liebe nie genossen! Wer sie kennenlernen will, der ziehe in den Berg der Venus!"
Wie Eiseskälte legte es sich auf die Festversammlung. Dann ging wilder Taumel durch den Saal. Edle Damen zeigten, wie tief sie in ihrer Frauenehre verletzt waren, ritterliche Herren griffen erregt zum Schwerte, um die Ungebührlichkeit zu bestrafen.
Nur mit Mühe konnte der Landgraf die zornige Aufwallung beschwichtigen. Elisabeth selber bat für Tannhäusers Leben.
In tiefer Scham blickte er auf die hochgesinnte Jungfrau, die mit solchem Edelmut für den Verwegenen eintrat. Sie riet ihm, Sühne zu suchen am Stuhle Petri in Rom.
Als Bußpilger zog er gen Süden, schleppte sich barfüßig über die tief verschneiten Pässe der Alpen, er mied die Wohnungen der Menschen und nächtigte in Felsspalten und in hohlen Bäumen.
Als ein Bild unsagbaren menschlichen Jammers trat Tannhäuser vor den Heiligen Vater. Es war im päpstlichen Garten, wo der Papst lustwandelte.
"Habt Erbarmen mit mir reuigem und verworfenem Sünder!" rief der Verfemte bebend. Ganz gebrochen berichtete er von der Verfehlung, die er im Venusberg auf

sich geladen hatte.
"Wer gefehlt hat wie du, bleibt in ewiger Verdammung verworfen", sagte der Heilige Vater hart und unbeugsam. "Sieh diesen Krummstab, den ich führe: Eher grünt dieses tote Holz, als daß du deiner Sünden ledig wirst."
Mit diesen Worten stieß er seinen Stab in die Erde seines Gartens. Aller Hoffnung beraubt, taumelte Tannhäuser von dannen.
Am dritten Tage nach der Begegnung mit dem unseligen Tannhäuser wandelte der Heilige Vater durch den Garten. Da fiel sein Auge auf den im Boden steckenden Krummstab. Der tote Stecken war mit Trieben und keimenden Blättern bedeckt.
Ein Gotteswunder war hier geschehen. Der Höchste hatte in göttlicher Offenbarung dargetan, daß er dem reuigen Sünder seine Vergebung schenkte.
Vergeblich suchten die Diener des Papstes nach dem fremden Pilger.
Der unselige Tannhäuser war in seiner Verzweiflung der Heimat zugewankt. Wieder schleppte er sich über die Schneepässe der Alpen. In fieberndem Verlangen strebte er zum Hörselberge, wo ihn einst Venus in Liebe empfangen hatte.
Alles Suchen nach ihm war vergebens. Wohl hatten Bauern auf dem Felde am Fuße der Wartburg einen Pilger in härenem Gewande gesehen, der eilenden Schrittes vorüberzog. Doch von dem unglücklichen Tannhäuser erhielt man nie mehr Kunde.











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui