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Contos-->Do Velho Totó - 2 -- 08/04/2000 - 17:02 (Itabajara Catta Preta) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O LADRÃO QUE NUM GUENTOU CARREGAR

"Evinha" eu de volta de Santa Luzia do Carangola, aonde fôra vender uma carga de rapaduras para o Capitão Orico, montado no burro Mansão e trazendo no patuá pendurado no arção a máquia de um conto e setecentos mil réis; maioria em pratas de dez tostões e dois mil réis, um maço de notas de cinco... de mistura com una tarecos e ferramentas, num peso aí pra uns cinco a seis quilos. Do serviço que me tomara 4 dias, ida, volta e visitas aos aramzéns da cidade, caber-me-ia boa porcentagem de doze mil réis; merecida pelo bom preço obtido na lábia com os sabidos vendeiros e economia nas despesas, comendo de matolotagem,frutas e caças dos trilhos, uma que outra vez em casas de amigos em fazendas e povoados e dormindo a noite em taperas e poisos do caminho, quando não ao ar livre, beira-de-fogo ou forquilha de árvore.
Três da tarde, calor brabo, corredeira clara de água fresca convidando a um banho e ligeira soneca, ainda a tempo para chegar ao lusco-fusco...
Amarrado o burro e uma árvore,vai o patuá com as roupas pra debaixo de um arbusto e caio no rio prum mergulho e algumas braçadas... Depois, pelado e cansado, deito-me na grama e puxo um ronco despreocupado.
Ao acordar, meia hora depois, vou procurar ss roupas e as encontro espalhadas na clareira e... cadê o dinhoiro, meu Deus?!!! Foi ladrÃO, com certeza, e que me estava vigiando desde que parei, e viu onde escondi -bem escondido - o material.
Sentei-me, encafifado, a matutar sobre o que havera de dizer pro Capitão Orico e como lhe dar conta do dinheiro... Eis senão quando me cai uma amêndoa na cabeça, olho pra cima e vejo um mico careteiro, num galho baixo, a me fazer visagens. Levanto-me para assustá-lo e, ali mesmo, junto ao pé da árvore, dou com o patuá cheínho, que o "ladrão" não conseguira guindar pelo tronco acima, com seus bracinhos finos...
Mas, sim, levara com ele o meu chapéu de palha,, que exibia, com a copa arrebentada, enfiado no braço.
Dei graças a Deus, vesti minha roupa, pendurei o patuá no arreio e toquei o burro...

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