Aprendeu a andar...
Começou a falar...
Dos campos a cidade, aprendeu a ler inventando as letras.
Forjou laborátorios pra vida facilitar, inventou:
A roda, depois o carro...
Viu as aves, sonhou, invejou o vôo, pensou e inventou:
O balão, depois o avião...
Descontente com o dia foi pescar, viu o peixe, pensou e pôs-se a inventar:
O barquinho de pesca, depois um navio pro mar...
Solitário, pensou em afastar a saudade, pensou e inventou:
O telégrafo, o telefone, depois o celular.
Querendo vêr mais além, um fio pra lá, outro pra cá e acabou inventando:
A televisão preto e branco; agora colorida.
Ao mostrar as estrelas ao seu filho, perguntou-se por que não ir lá. Pensou... E inventou:
O foguete. Logo depois, conquistou a lua, embora haja quem duvide.
Outra vez em seu laboratório, começou a modernizar, modernizar e inventou o fax, o computador e um robô pra ajudar.
Um belo dia, cansado, olhando o infinito cruzou o lívido oriente, sentindo ameaçado o seu poder expos-se a guerra. Assim como nasceu, se foi.
O Homem que acompanhará a tudo envelheceu, sentindo a morte chamou pelo filho, contou-lhe seu segredos, suas invenções,contou da guerra pela lua...Último suspiro e velho, morreu.
O filho herdeiro... Tenta inventar e em sua primeira obra, o povo dizima-se, a vida torna-se dura.É a dor, que mesmo com os inventos do avô, não ameniza.
O neto sentiu o amor...Mas por não ser humilde, não o inventou.
Também morreu...
E o Povo só, ainda não aprendeu ou descobriu, esse gens, esse vírus,esse cálculo tão antigo, apecado de amigos... O amor, que cala os gemidos dessa fome terrível.