Mudou de cidade procurando paz e amor,
Não tinha idade,
Mas no peito pulsava sinceridade.
Trabalhou duro, não tinha noite, não tinha dia...
O tempo e o mundo não iam além do momento. Nada de concreto e metal.
Construiu, construiu...Pouco o enteresava a vida capital.
Uma riqueza, seus filhos, netos e o sonho de uma casa no campo, quando a cidade toda é um caos.
Teve mulheres ou mulheres o tiveram. Bandidas ou margaridas, transeuntes na vida de um qualquer.
Um homem, sua história e sua solidão. Lágrimas ao vento, destino lento, entre loterias e ilusões.
Vivia em idas e vindas do amor, sem hora ou razão. O fato é que o tempo foi-se, o rosto já seifado pelos sofrimentos, as pernas cambaleantes pelo momento, os cabelos esbranquiçados foram repousam em férias na sua terra.
Andando sem direção, enveredou no destino que o animou...Cansado, marcado, entristecido encontrou o seu amor.
Os dias foram longos, a alegria intermitente os domou. Mas silenciosamente o tom obscuro envolveu seu corpo; adoeceu, seu rosto infanto juvenil ainda brilhava quando naquela madrugada, faleceu. Faleceu de um sofrimento que herdou na vida levada.