Usina de Letras
Usina de Letras
68 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63668 )
Cartas ( 21370)
Contos (13315)
Cordel (10367)
Crônicas (22592)
Discursos (3253)
Ensaios - (10814)
Erótico (13604)
Frases (52121)
Humor (20223)
Infantil (5672)
Infanto Juvenil (5034)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1388)
Poesias (141120)
Redação (3384)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1979)
Textos Religiosos/Sermões (6422)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->NUNCA MAIS TUA BOCA -- 06/10/2001 - 12:55 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NUNCA MAIS TUA BOCA.


Havia certa urgência no teu olhar. Não era só a tensão da partida, algo indefinido nos envolvia e deixávamos num limbo de indefinições. Como se não soubéssemos o quê éramos e o quê queríamos.
Naquela altura da nossa história já não esperávamos nada. Ias embora, eu ficava. Empreendias uma viagem para um mundo que era totalmente desconhecido para mim, e para ti também ainda que tentasses negar.
Juramos novamente amor eterno e marcamos para os próximos e longínquos anos um reencontro que, no fundo, saibamos ser pouco provável, para não dizer impossível. Com um beijo mais demorado te afastaste quase chorando e caminhaste até a porta de embarque.
Desde o terraço, perto do restaurante, te vi subir no avião e fiquei como um idiota, igual a todos os outros, olhando como o aparelho efetuava suas manobras, chegava até a pista e em louca carreira ganhava altura, apontava seu nariz para as nuvens e pouco a pouco desaparecia no horizonte.
Enquanto voltava para minha futura solidão, dirigindo displicentemente pela estrada quase deserta, tua figura de mulher apaixonada se desenhou clara e forte na minha memória. Já eras passado. Nunca mais tua boca, nunca mais tuas pernas ágeis e deliciosas, nunca mais tuas costas firmes e meigas, nunca mais tua barriguinha hospitaleira, nunca mais o fogo do teu amor. Como num tango qualquer deixei escapar uma lágrima e desejei que o tempo parasse e que eu me transformasse em pó no ar da tarde.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui