Usina de Letras
Usina de Letras
25 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63229 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10681)
Erótico (13592)
Frases (51747)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4946)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141310)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->NUNCA MAIS TUA BOCA -- 06/10/2001 - 12:55 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NUNCA MAIS TUA BOCA.


Havia certa urgência no teu olhar. Não era só a tensão da partida, algo indefinido nos envolvia e deixávamos num limbo de indefinições. Como se não soubéssemos o quê éramos e o quê queríamos.
Naquela altura da nossa história já não esperávamos nada. Ias embora, eu ficava. Empreendias uma viagem para um mundo que era totalmente desconhecido para mim, e para ti também ainda que tentasses negar.
Juramos novamente amor eterno e marcamos para os próximos e longínquos anos um reencontro que, no fundo, saibamos ser pouco provável, para não dizer impossível. Com um beijo mais demorado te afastaste quase chorando e caminhaste até a porta de embarque.
Desde o terraço, perto do restaurante, te vi subir no avião e fiquei como um idiota, igual a todos os outros, olhando como o aparelho efetuava suas manobras, chegava até a pista e em louca carreira ganhava altura, apontava seu nariz para as nuvens e pouco a pouco desaparecia no horizonte.
Enquanto voltava para minha futura solidão, dirigindo displicentemente pela estrada quase deserta, tua figura de mulher apaixonada se desenhou clara e forte na minha memória. Já eras passado. Nunca mais tua boca, nunca mais tuas pernas ágeis e deliciosas, nunca mais tuas costas firmes e meigas, nunca mais tua barriguinha hospitaleira, nunca mais o fogo do teu amor. Como num tango qualquer deixei escapar uma lágrima e desejei que o tempo parasse e que eu me transformasse em pó no ar da tarde.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui