Fui condenado por que julguei.
Pedi perdão não ganhei.
Você não quis explicar, onde errei.
Jogou-me ao abrigo da indiferença,
parecendo que isso não me causou diferença.
Flagelei-me. Procurei explicações dentro de mim,
e fora, e em todos os lugares que pude.
Não resolveu.
Agora ando desolado. Sei que perdi para sempre
meu lugar a seu lado.
Não sei qual o seu tempo para o perdão, mas sei
que há tempo para rir, chorar e perdoar.
Eu não sei se é justo eu ser assim,
mas quando terei esquecido esta mágoa,
também a ti terei esquecido.
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Pequenos Delírios II
Conto em quatro atos.