Ele saía e cantava. Sentia as dores de ter feito coisas erradas.
estava se perdoando...
-vamos sair?
-bora...
Compraram dois litros de vinho e foram ver o que as ruas despidas tinham pra lhes oferecer.
andaram, pararam e seguiram. As ruas estavam nuas demais. As pessoas andavam por elas, mas elas continuavam nuas escutando cada sílaba que cantavam.
Por ele, as ruas choravam. Derramavam seus prantos por escutar tantas ousadias e sentir tantos descasos.
Drogas rolavam soltas: papel, fumo... vai saber o que mais. As ruas estavam nuas demais para impedir tudo isso.
Se o asfalto tivesse braço não seriam muitos os com vida. Mas a farinha deixava esquecer tudo isso, punha na cabeça umas maluquices doidas e deixava a vida rolar como se fosse pura encanação.
passos, alturas, sons e imagens. Ele só observava.