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Contos-->Eu conto,tu contas,ele conta -- 05/01/2002 - 17:33 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O trabalhador rural, parou de trabalhar e olhou para o céu, ao ouvir o barulho do avião. Guaira sp. É uma cidade situada ao nordeste do Estado de São Paulo. Cidade forte na produção agricola, onde emprega a maioria dos trabalhadores, desta cidade, os chamados boias-frias. Um trabalhador teve uma expressão de curiosidade que estampou-se no seu rosto; levou a mão, em forma de pala, na testa, procurando exergar melhor o coloso dos ares que, sem esforço, dono absoluto dos espaços, senhor onipotente das alturas, semelhava-se a uma faixa branca em movimento. Rasgando o azul do céu, apavorando os voadores de asas e bico, os quais eram os senhores dos ares. Novo leviatã surgindo das profundezas abismais, ganhando alturas, vencendo distãncias, reduzindo tempo, tornara-se, com a sua estrutura de Deus metálico, o sonho do homem que, ali, extático, o olhava abismado. O barulho dos motores já se lhe tornara familiar e, embora estridente, ensurdecedor, mantinha sempre o mesmo ritmo, como um disciplinado conjunto de instrumento de percussão em atividade. O homem olhava-o e fazia conjeturas: como seria seu interior,cmo as pessoas se sentiam lá dentro, como pilotava, enfim, que poder miraculoso o mantinhas nos ares. Descansou a enxada junto à uma árvore e, se pôs a admirar o seu idolo, que já se perdia na imensidão sem limites, sumindo aos poucos, como devorado pelo azul celeste. Permanecendo apenas o barulho dos motores,que também ia diminuindo, diminuindo, num pianissimo, até silenciar-se totalmente. Ainda hei de ver esse passaro branco de perto.O enxadeiro afirmava a si mesmo, na sua simplicidade de homem do campo, das fazendas, da roça. E o desejo transformou-se em obsessão; a idéia fixa, de ve o passáro branco, como passou a chama-lo, levou-o a se esquecer do velho sonho!! Ver a terra prenha de plantação, a lavoura viçosa, crescendo, prometendo fartura e alegria. Mas voltava à pensar, hei de ver um avião de perto!.. Era a promessa que fazia a si mesmo. E todos os dias, pontualmente à mesma hora, lá estava ele a mirar o horizonte, certo de que o herói dos espaços não tardaria a surgir. E realmente, como se os dois, o homem e a maquina voadora, se compreendessem, ansiassem por atingir o mesmo fim, ali se encontravam. O avião, que a ciência e a inteligência humana lhe permetiam ganhar alturas, parecia olhar o homem, lá de baixo,minusculo grão de areia, um ponto quase invesivel na imensidão do planeta. E o homem não se cansava de admirar o poderoso senhor da amplidão sideral. Imponente, como se das alturas zombasse do pigmeu, que seguia com olhar de admiração. Outra vez pensava hei de ver um avião de perto!.. E certo dia , marcada tallvez por força estranha, desconhecida dos homens, o avião surgiu no fundo do painel azulado do horizonte. Pequena imagem metálica, que aos poucos, crescia, crescia , avolumando-se, brilhando ao sol. Com a mão na face acompanhava-o embevecido, entretanto de súbito, algo lhe pareceu diferente, estranho. Aquele barulho faltava ritmo, a sintonia, que seus ouvidos já familiarizados, captavam, como se fosse sinais telegráficos. O motor falhava; a pane era inevitável, iminente. Chico, prevendo o que ia acontecer, porquanto, de repente, como se fosse mortalmente ferido, o monstro de ferro e aluminio mergulhou no vazio. Que estará acontecendo?... O homem peguntou a si mesmo; e a resposta não tardou. O barulho dos motores, foi substituido por terrivel explosão e enorme cratera foi aberta na terra e, logo o fogo tomou conta onde se encontrava a aeronave. Chico estava há dois quilometro do acidente, e saiu gritando não , não, não, quero ver avião nenhum Deus me livra deste pesadelo amém. -Jose Angelo Cordoso.-É poeta, contista, artista plastico, Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras. Com intensa participação na Cultura Nacional, com várias publicaçães tem recebido Laúreas e condecorações Literárias.
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