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Contos-->Um combate -- 25/01/2002 - 15:12 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deus me poupou do sentimento de ódio, mas não do mêdo. Como em qualquer pessoa, um rato ou mesmo uma barata, despertam um sentimento que eu poderia chamar de nojo, mas que no fundo não passa de mêdo. Pessoalmente, não tenho nada contra alguns insentos ou animal, mas ratos deveriam ser exterminados, tido como fama de trazer algumas doenças graves, ao ser humano. Estas , as razões contra minhas repulsas, não digo que sejam piores do que os animais pertinentes. Pois, foi ao acender a luz que dei com rato dentro do quarto em minha cama. Eu morava sozinho e chegava em casa geralmente às duas ou três horas da manhã. Pois mais cansado do serviço que eu chega-se, não queria devidir minha cama com um rato. Pra mim deu vontade de esborrachar o bichinho no chão, mas o danado correu e ficou debaixo da cama. Ora, devido a uma renite alérgica e hipertensão, que me persegue há anos, volta e meia estou de nariz entupido, o que geralmente me força a dormir de boca aberta. Meu primeiro impulso foi o de fazer meia volta, apagar luz, sair de casa e ir dormir num hotel.Logo me ocorreu que deveria fazer alguma coisa, para enfrentá-lo de alguma maneira, pois se eu sair, não saberia jamais se ele acabaria indo embora ou ficaria definitivamente no meu quarto, para fazer companhia. Eu procurei e vi o ratinho imóvel debaixo da cama e tive a impressão de que também tomara conhecimento de minha presença. Cheguei a achar mesmo, que o rato me olhava com o rabo dos olhos. Foi quando, por parte do azar ou algum fenômeno, que a luz apagou. Uma das fatalidades que me pesegue, assim era a luz do meu quarto, que se acendia e apagava por conta própria. Muitas vezes eu dormia de luz apagada e acordava com ela ligada, ou vice-versa, o que me dava a impressão de ter alguém vivendo junto a mim no meu quarto, Tallvez uma mulher bonita, boa, invesivel ou virtual, mas não um rato. Tornei a acender a luz, desta vez, verifiquei apreensivo, se ele havia desaparecido. O que, em vez de reslover o problema, complicava-o ainda mais. Onde se havia estar? Pela janela nao saiu, pela porta também não, pois estava fechada. Mas de súbito, senti o bichinho, ali estava, a pouco mais de meio metro da minha cabeça. Estivesse eu no escuro, esbarrava com a mão no rato. Certamente daria um grito, desta vez o danado do rato me olhava. Um olhar amigo e cauteloso, cabeça levantada, com ar encabulado, apanhado em flagrante. Numa espécie de alucinação nascida da repugnância, logo a realidade se refez e me enchi de coragem, respirando fundo disse: Agora ou nunca. Tivesse eu ao alcance da mão algum objeto, um pedaço de pau, uma vassoura, eu acabaria com ele num só golpe. Mas se fosse buscar uma vassoura na cozinha, ao voltar, ele já estaria longe. Então me ocorreu descalçar o sapato,e o fiz. Empunhei-o firmimente e desferi com o salto uma violenta pancada na parede. Apenas na parede, porque o rato, numa agilidade, havia escapado do golpe mortal, deixando-se cair no chão e fugindo para debaixo da cama. O instinto de luta se acendera em mim. Eu me transformara num ser inracional, feroz, pronto a estabelecer a lei do mais forte. A expectativa do combate de vida ou morte, a ser travado, me levava ao auge. Tomei cuidadosamente a lâmpada de cabeceira e coloquei no chão, depois abaixei-me para olhar em baixo da cama quando acendi a lâmpada ele foi apanhado em cheio, imóvel que ficou, à espera. Puxei com força a cama para o meio do quarto, é agora: desferindo com a vassoura furiosos golpes contra o chão e o rato. Minha aflição chegou ao máximo, eu simplesmente esmigalhei. Vi o bichinho morrendo aos poucos, e tive a sensação de um remorso, de ter cometido esta fatalidade. -JOSE ANGELO CARDOSO.-Poeta, contista, artista plastico.
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