Pelos deslizes e as deformidades mentais o infame impulso atravessa os sombrios caminhos de um cérebro torturado e marcado como uma fruta passada. O corpo convulsiona trazendo a tona o caos que inunda a alma dessa récem nascida criatura. A carne rasga, pois não fora feita para tais rompantes e para sofrer as coisas do saber, um urro faz tremer o coração dos atônitos expectadores; e sobre o chão quente e sujo parece morrer o que acaba de nascer, mas dentro, lá dentro do inerte cadáver a convulsão continua, e cresce num ritmo galopante e aterrorizador, uma dor líquida se espalha e se aproxima do último refúgio, onde a vida se esconde, o último pensamento imaculado, o último impulso primitivo, o poderoso enigma nunca destruido pela verdade. mas agora é tarde, a desbravadora morte vem barulhenta como uma tropa de bárbaros enfurecidos.
E numa última tentativa de se manter soberana, ela explode num sobressalto mórbido. Lá fora a criatura grita: porque?