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Contos-->A voz de Helena -- 14/02/2002 - 21:51 (Rose Maura Fleixer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sua voz era meio rouca, diria até, sensual, mas ninguém desconfiava o que escondia-se por trás daquele: - Bom dia, pois não?, em que posso ser útil?.
Jorge sempre ligava à mesma hora para aquela empresa, pois sabia que aquele era o horário dela no atendimento. Criava mil fantasias a partir daquela voz. Havia momentos até em que ligava e nada dizia, só para ouví-la por alguns segundos a mais. Enlouquecia quando ela intrigada perguntava: - pois não?, está me ouvindo?, com quem deseja falar, por favor?. Era um êxtase.
Certa vez, Jorge encheu-se de coragem e perguntou o seu nome e ela disse-lhe: Helena, senhor.
Ah... Helena, Helena, de Tróia, quem sabe?, talvez um dia eu precise lutar por ela. E por algum tempo continuava, vez por outra, ligando só para ouvir sua voz.
Era verão, Jorge pensou... - quem sabe Helena não queira tomar um sorvete comigo?. Ligou para a empresa à procura de Helena, mas esta estava de férias e ele não teve acesso ao seu endereço. Pensou em quanto seria penoso aguardar um mês até ouvir novamente a voz de Helena.
Uma noite foi ao teatro, na saída deparou-se com uma velha senhora que precisava de ajuda para atravessar a rua e Jorge, de certo o fez, foi até mais longe, e acompanhou a senhora até sua casa, onde esta convidou-o a tomar um chá, já que a conversa estava boa e ambos apreciavam a companhia um do outro.
Jorge, que era solteiro e morava só, sentiu naquela senhora uma colega de solidão, sabia o quanto era triste ser só e acobou por falar-lhe de sua paixão... por Helena..., doce Helena. Contou-lhe como a "conhecera" e sobre a sua anciedade do retorno de suas férias. Perguntou à senhora o que ela faria em seu lugar? e ela, sabiamente respomdeu: - meu caro jovem a vida nos prega muitas peças, talvez Helena não atenda as suas expectativas; mas ele teimava em afirmar: seja ela como for, ela é a mulher da minha vida.
Despediram-se e ele decidido em encontrar-se com Helena.
Após um longo mês, ele foi até a empresa, chegou vagarosamente à sala de espera e para sua alegria avistou a doce senhora do chá, antes dele abordá-la, esta sentou-se à mesa do telefone, e com aquela voz rouca proferiu aquela frase já decorada por ele: - Bom dia, pois não, em que posso ser útil?
Não precisa aqui descrever a cara de choque em que ficou Jorge.
No dia seguinte, quando Dona Helena chegou à sua mesa de trabalho, encontrou uma rosa sobre ela e um bilhete onde estava escrito: amarei eternamente sua voz, Helena.
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