Paul: Bom dia, Ringo!
Ringo: Oi! Café?
Paul: Um pouco...
Ringo: Cigarro?
Paul: Eu, não...depois do George, tô fora! Estou no tédio, sabia?
Ringo: Tá vendo o que eu disse? A gente devia Ter aceitado aquela proposta da Sony antes de Lennon ser assassinado em New York...teríamos feito uma volta triunfal.
Paul: Estava com o saco cheio de ver um cara mais talentoso que eu na banda.
Ringo: E depois que o “quatro olhos” morreu? Podíamos Ter voltado com o filho dele, Julian Lennon...sem gênio, sem talento...você triunfaria, sozinho.
Paul: E você? Não tem ambição?
Ringo: Para mim basta ficar escondido atrás, na bateria, para que esqueçam que eu existo, não me tirem da banda e, de vez em quando, cantar um submarino amarelo, de leve, para não ficar tão apagado.
Paul: Entendo...
Ringo: E agora que o George morreu? Agora é que o sonho acabou mesmo.
Paul: Se afogou de vez. Não que ele fosse importante, mas...
Ringo: Mas era mais um Beatle. Faria pressão...e agora, sem ele?
Paul: Agora somos menos populares do que o João que serve o pão da padaria da esquina.