Usina de Letras
Usina de Letras
24 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63225 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10679)
Erótico (13592)
Frases (51743)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4946)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->Saracoteando -- 26/10/2001 - 10:26 (MIGUEL ANGEL FERNANDEZ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Papai, vou levar este jovem ao quarto, parece que ele não tem problemas de sono, como você. Vem comigo... Lauro - seguindo-a, ele ouviu como despedida:
- Bons sonhos, meu jovem!
Corredores acarpetados, várias portas parecendo todas i-guais. Laura rebolando na sua frente. Até parar diante de uma delas e entrar.
- Aqui - cheiro de umidade no ar, assepsia de quarto pouco usado. - Ficará confortável nessa cama, eu... a conheço. O banheiro lá... aquela porta.
Lauro, atordoado, estava imobilizado no meio do quarto. O último gole que bebera parecia tratar-se daquele último trago que abarrota porões de um navio pronto a soçobrar. Oscilou para um lado, uma das pernas parecia não estar em seu lugar. A expressão estúpida no semblante denotava o medo de desabar, e denunciavam seu estado. Laura reparou:
- Posso ajudá-lo? Permita.
Procurando como segurar-se no quarto girador, nem se deu conta de que estavam lhe tirando o paletó. Num fechar de olhos, a camisa sobre uma cadeira, a calça caída e enrolada nos pés. Num empurrãozinho, sentado na cama. Num abrir de olho, sapatos e meias pelo chão. Os seus. Outra piscadela e, de repente, caindo sobre eles, as roupas. Dela. Num nada, lençóis frios cobrindo-o. Corpo inquietante, generoso e nu grudado no seu, mão no membro, mordidinha no mamilo, respiração quente na orelha, língua dentro dela. Desfrute na voz que pergunta:
- Vai dormir agora? - e um beijo longo e úmido impediu qualquer resposta. Se tivesse uma. Mas batidas de leve na porta e a voz noturnal, chamando por ela, também abreviou o que prometia ser longa semeadora de excitantes perspectivas. Era o que devia estar achando o fornido coletador entre suas pernas.
- Já vou, papai!... A insônia é a segunda perturbação de papai. - afastou o lençol e, nua, andou até a porta. Sem qualquer discrição abriu a porta.
- Laura. Queres vir? - olhando por sobre o ombro nu. - O jovem pode te acompanhar, se quiser - e sumiu.
- Papai está nos convidando. O que é um privilégio para você. E recusar é desfeita para o papai. Vem comigo.
Nu, igual a ela.
- Assim? Ir aonde?
- Num quarto especial que poucos conhecem. Pode vir como está, papai é cego para certos assuntos - arrancando o lençol. - Como eu - pegando o pênis, afagou-o com mimo, após dar um rápido chupão, acolheu-o na boca e um instante depois, afastando-se, ordenou:
- Vamos. Não deixemos papai esperando. Me segue. Logo mais poderemos voltar para flertar mais com esse suculento amigo. Venham os dois! - disse, rindo e puxando o lençol.
Trôpego, tentando se cobrir, ele saiu do quarto segurando o lençol amassado. Ela, segurando numa das pontas, escondia risadinha, divertindo-se com o cabresto improvisado que o arrastava, guiando-o através de confusos e escuros corredores. Na frente dele, no extremo do lençol, o traseiro de Laura saracoteava parecendo rir de seu assombro. Voltando-se de vez em quando para observar seu "carregamento", ela balançava nos rodopios os grandes seios.

Fragmento de capítulo do romance de Miguel Angel Fernandez "A CENA MUDA"
http://br.geocities.com/mangel_arlt
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui