Asilos de todas as horas sem palavras, acaso tendes a angústia de um minuto da minha solidão?
Há zelos inúteis. Quantas faces povoam o meu quarto com olhos voltados para o meu leito! Faces trincadas pelo tempo, faces puras, faces melancólicas... faces de mel e de fel; olhos fitam-me. Ninguém chora. Dinha, que saudade! Quanto tempo! Cabo Júlio, meu irmão, ainda usas esta farda de pracinha?!
O silêncio impera; nem uma palavra, nem uma mudança de expressão – rostos congelados ante o vidro, encarcerados nos hirtos limites da moldura.
Apago a luz; dias escorrem sobre o meu rosto imerso na madrugada.
Você?! Por que me estendes a mão?
Daqui, grito comigo; mas minhas pálpebras insistem em não se abrir.