Quando ele era pequeno, seus pais diziam: “Quando crescer, meu filho vai ser uma pessoa muito importante.” Ele olhava para os pais, com seus olhos inocentes e confiantes, e apenas sorria.
Quando ele era adolescente, seus amigos diziam: “Vamos nessa, cara, vamos sair e arrumar umas gatas.” Ele olhava para os amigos, com seus olhos esperançosos, e apenas sorria.
Quando ele era jovem, arrumou uma namorada que dizia: “Eu sempre vou te amar.” Ela olhava para a namorada, com seus olhos apaixonados, e apenas sorria.
Quando ele já era adulto, seu patrão dizia: “Rapaz, faça a coisa certa que você vai se dar bem na vida.” Ele olhava para o patrão, com seu olhar conformado, e apenas sorria.
Ele morreu em um acidente de carro, aos vinte e oito anos, estava desempregado, tinha poucos amigos e estava sozinho, apenas seus familiares foram ao enterro. Apesar de tudo, em seu manto fúnebre, seu rosto sem vida exibia um estranho sorriso.