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Contos-->A menina da praia -- 24/03/2002 - 01:39 (Alfredo Bernacchi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ir a praia era um programa comum para um rapaz estudante, com 17 anos, e sem destino na vida.
A praia deserta, nos dias de semana, servia para pescar, nadar e perder tempo não fazendo nada.
Até que eu encontrei na Praia da Bandeira (não sei como não a vi antes) a Noemi. Com dez ou doze anos, por aí, moreninha clara, longos cabelos castanhos claros, com frisos dourados. Ela toda, era um favo de mel… Lembra bem a foto da modelo abaixo. A partir daquele dia, a praia nunca mais foi deserta.
Eu era um rapaz…ela, uma criança… E morava bem em frente, numa casa de veraneio (eu não sabia), e éramos somente nós dois em frente aquela imensidão de mar. Ela subia nas minhas costas e dava alegres mergulhos. Ria muito, e brincava comigo com intimidade. Mas eu devia ter quase o dobro da idade dela e passado o tempo, já ficava sonhando com o nosso futuro.
Diariamente conversávamos na mesma praia, nos mesmos lugares, só nós dois, sozinhos, por horas e horas, perdidos na paixão que rapidamente se formou. Coisa de pele, como dizem.
A sensualidade do mar, fazia força para nos empurrar um contra o outro, mas como?!…
Mês depois, num inesquecível dia, ela sentada bem perto ao meu lado, encolheu os ombros pra frente, folgando o seu maiô na altura dos peitinhos, que apareceram com fartura. Ela mesma olhou para conferir se estavam aparecendo na medida certa.
Eu endoidei!… Tremi nas bases. Sabe como é um cara ficar desesperado? Nem tanto pelos biquinhos, ainda do tamanho de dois pesseguinhos rosados, mas pela provocação que ela iniciou. Aquela pele moreninha bronzeada pelo sol, e os peitinhos branquinhos generosamente expostos, era de matar qualquer mortal. E eu agüentei firme. Ela era uma criança… eu, um rapaz… Não fosse assim, ela veria o monstro arrasador que fervilhava dentro de mim, desesperado para sair e envolve-la num abraço fatal.
Um dia, num derradeiro dia, alguém, que eu nem sei como, nem porquê, nos convidou para uma volta de lancha, junto com outras pessoas, saindo dali, bem em frente à praia. Eu não via mais ninguém, nem tomava conhecimento de mais ninguém, e não me interessava por mais nada que ocorresse em volta. Apenas sei que tinha uma lancha, e que nós deveríamos entrar nela. Só eu, e ela…
Ajudei-a a subir, bem sobre a proa, onde nos sentamos, juntos como sempre. Agora pele com pele...
No que a lancha arrancou para o mar, ela envolveu-me com os braços, escondendo a cabeça no meu peito e apertou… Apertou, e apertou… Apertou tudo que não pôde apertar durante tanto tempo, e com tanta vontade, que me prendeu o ar… Eu apenas retribuí o abraço, com cuidado para não cairmos juntos no mar…
Aquela era uma grande paixão. E aquela menina seria uma grande mulher… Uma grande mulher…
Na semana seguinte ela foi embora, e eu nem pude me despedir…
Ela foi embora. Sabia que iria e não me disse nada. Não tive sequer coragem de perguntar a ninguém, para onde foi, onde morava, nem qual o endereço. Ela era uma criança… eu, um rapaz…
Apenas fiquei sonhando, um dia reencontra-la naquelas praias. E nunca mais... Foi um amor de férias…
Noemi… Um pequeno pedaço de mulher, levou para sempre, um grande pedaço de mim…
 

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