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Contos-->"MILIMETRICAMENTE " -- 30/12/1999 - 23:23 (Luiz Hudson) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

" Havia um casal num ônibus
com mais de uma hora de viagem;
Eles se abraçavam com força
para compensar toda a saudade.

Ele parecia estar com o braço dormente
mas não se dava por vencido;
Daria todo o conforto à sua amada,
assim como deve fazer todo marido.

Mas eram noivos esses dois enamorados
que nem prestavam atenção no itinerário;
Ela queria ficar com ele pra sempre,
ele não queria voltar a ser um solitário.

Ele esfregava o braço da moça
para do vento frio poder protegê-la;
Para evitar a claridade do sol
também colocava a mão sobre os olhos
de quem considerava uma estrela.

Estavam quase chorando
balançando naquele coletivo.
Fugiam do perigo se abraçando
fazendo do amor seu abrigo.

Ele espantava os insetos
que queriam pousar naquela flor;
Queria só para si todo o néctar
que exala da pele do seu amor.

Ela dormia docemente no ombro dele
sonhando que estava se casando;
Ele sonhava acordado e se beliscava
para descobrir se não estava sonhando.

Por ele, nunca a tiraria dos braços,
pois encontrou quem tanto procurava;
Tratava com muito valor
quem valia mais que uma jóia rara.

Ela era por demais bela,
ele estava sentado ao corredor
e nem olhava para a janela...
só queria ver o rosto do seu amor.

Os dois se encaixavam
no mais pleno conforto;
Pois eram -milimetricamente-
feitos um para o outro.

Ele parecia que estava velando o sono
da mais indefesa das crianças;
Eu vi nos olhos daquele cara
amor, bondade, esperança.

Iam os dois de Brazlândia
ao longínquo Plano Piloto;
Parecia que ele ia viajar,
mas ela já esperava o seu retorno.

Então iam os eternos namorados
para o centro de Brasília;
Docemente lembrei-me do meu passado...
foi assim que formei
a minha maravilhosa família."
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