O sol mal apresentava a sua luz e D. Maria já estava de pé.
Sempre agitada, abriu a porta e saiu em direção à farmácia do Sr. José e lá chegando falou:
-Sr. José! É a D. Maria, por favor abra.
Uns momentos e um senhor de mais ou menos, cinquenta e oito anos, de baixa estatura e cabelos tomados pela cor das nuvens apareceu com um molho de chave nas mãos para abrir a farmácia. Soerguendo o óculos e dizendo calmamente:
- Bom dia D. Maria!...
O que a trás tão cedo aqui?
- Ah meu velho! É o meu filinho... Pasou a noite interinha com febre e amanheceu com catapora.
Enquanto o senhor abria as portas e as janelas verdes do estabelecimento o sol já se mostrava e aquecia meia meia crista de galo no giral humilde arrumado.
Por quanto também a freguesia já se fazia presente, depois da mercearia do tio Bena, onde constantemente era um ponto de encontro de velhos camaradas.
Em seguida haviando a D. Maria com a bezetacil e a pasta d água, alguém já pedia melhoral; outro Biotônico Fontoura. E ele meio que perdido, nem ouviu a despedida de D. Maria Isabel que ia na direção da feira da Ponte do Galo, juntamente com a D. Adelaide.
Na abordagem, D. Isabel quis quis saber o que D. Maria estava fazendo cedo na farmácia e disse:
- Hô mulher... O que fazes cedo na farmácia ?
-Oh minha mana! É o Raimundinho que está com catapora.
- Vigi Nossa Senhora!... O Juarez está também assim!
Interpôs-se a D. Adelaide - É meninas acho que é o andaço, pois o Abner está igualzinho. É nesse caso, é bom mesmo ir na casa da Bibita pegar umas folhas de Sabugueiro e da Bananeira pra modo de aliviar esses pequenos, pondo pra fora toda ela.
- É acho até que vou com Vocês. Dizendo isso D. Maria seguiu as meninas pela sombra das sombrinhas.
Mais adiante encontraram D. Mirosa que estava com O Eduardo e a Rosilene sob aquela epidémia.
Ao chegarem na casa da Bibita, sob um bom cafezinho a conversa se estendeu pela catapora, pelo sarampo, papeira...
Até que se lembraram das folhas, mas ai era vez da chuva, que vagarosamente foi engrossando, na medida do papo do "tempo do ronca.
Quando foram embora, quase na hora do almoço, que faltava fazer, foi um Deus me acuda.
Resultando enfim, num bom e velho remédio caseiro e uma saudade na medida do reencontro.
