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Contos-->O bombeiro -- 04/06/2000 - 00:25 (Marcia Lee-Smith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Dizem que esta foi verídica, e aconteceu em Belo Horizonte, num bairro de classe média alta.
Cenário : Sábado de manhã, a família se prepara para ir ao clube, quando a empregada vem dizer à patroa que a pia da cozinha está vazando horrores.
―Oh, meu Deus, gemeu Mariana, logo agora?
―Ora, meu bem, retrucou Fábio, que como qualquer marido deste mundo se acha onipotente como consertador de coisas, eu posso consertar isso em dois minutos.

Mariana sentou-se e ficou olhando. Fábio pegou a caixa de ferramentas, fita epoxi, e sentou-se em frente ao sifão da pia.

―Isto vai ser mole, mole, diz Fábio.

Os meninos começaram a perguntar:

―Nós vamos, ou não?

O pai começou a se irritar.

―Já falei, não falei ? Vão brincar de qualquer coisa, eita que meninos chatos !

O problema parecia maior do que ele pensou. Mas vou consertar, disse para si mesmo. A chave inglesa pulou da sua mão, o alicate beliscou-lhe o dedo. A empregada veio ver se a pia já estava desinterditada. Mariana tinha sentado e telefonava para a irmã. Que falta de apoio, pensou. E o pior, seu short novo já tinha levado uma mancha de sujeira. Começou a pensar que os amigos já deviam ter começado o joguinho de bola sem ele. Que saco, essas coisas acontecem sempre na hora errada...
O melhor era então admitir sua incompetência. Claro que não iria dizer apenas e simplesmente que não tinha conseguido. Iria aumentar bastante o problema, e chamar um bombeiro. Mariana não saía do telefone, ele usou o celular.

Em poucos minutos chegou o bombeiro, e tomou seu lugar, e vai levar uma grana preta, também, pensou Fábio.

Mas, se Mariana, a empregada, e os meninos não vissem o bombeiro, ele ainda poderia se auferir os louros da vitória...

Mandou os meninos irem na frente, andando, o clube era perto, e disse o mesmo à mulher. Ela reclamou:

―Não mesmo, vou esperar meu maridão.

―Então fica lá prá dentro, que eu não gosto de trabalhar com os outros me olhando.

―Nossa, você está estranho, bem...Mas eu tenho umas coisas para fazer lá dentro. Quando acabar me chama, tá?

―Claro, e avisa a Cordélia para não ficar transitando por aqui. Quero ver isto em paz, que o problema parece mais sério.

E enquanto isso o bombeiro, lá na cozinha, fazia seu serviço.

Tudo iria ser perfeito, noves fora o dinheiro que iria gastar, se Mariana não fosse curiosa.

Ela estava ouvindo todo o tipo de Plam, Plam, Plam na cozinha e resolveu olhar.

A estas alturas Fábio estava tomando uma geladinha no bar da esquina, e tinha avisado ao rapaz, que quando terminasse, fosse direto lá, encontrá-lo. E então ele voltaria, vitorioso, e diria :

―Mas você ainda não está pronta, amor? Terminei na cozinha há mais de dez minutos !

E teria ganho o dia.

Mas o raio da mulher foi até a cozinha, e viu alguém todo enfiado debaixo da pia, a cabeça, os braços, as pernas, só o bundão estava para fora...
Ela se sentiu culpada. Tinha um marido tão gentil, tão prestativo, capaz de se atrasar para o joguinho do sábado, só para consertar uma pia...E resolveu, já que estavam os dois a sós, aproveitar o momento para ser sexy...
Abaixou-se atrás dele, enfiou a mão direita entre suas coxas, e apalpou-lhe a bunda e algo mais e perguntou:

―Cadê esse bundão gostoso da Mariana ?

Para sua surpresa, e com total dificuldade, um bombeiro sai de debaixo da pia e diz:

―Acho que quem a senhora está procurando está lá na esquina, tomando cerveja.

Bom, dizem que a família mudou de bairro, eu não sei, só sei o que saiu no jornal.


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