"Deixei um pássaro voar
para onde bem quisesse,
depois de ele suplicar liberdade
abri os braços como numa prece.
Quanto mais longe ele estava
mais lindo era o seu canto,
nossa distância agradava
a quem voava feito um anjo.
Ainda de braços abertos
fiquei rezando pelo retorno
de quem quero sempre por perto
e que esperaria de novo.
Depois da quarta estação
a solidão já me causava surdez,
quando ouvi aquela linda canção...
ele voltava arrependido do que fez.
Viu que o mundo é só de espinhos
que o venceu por cansaço a saudade,
que há flores nos meus braços
(o seu verdadeiro ninho)
onde está livre perdendo a liberdade."