Não é uma idéia. Antes seja a ditadura dos fatos. Meus adoráveis (mesmo que poucos) leitores foram me enviando relatos pessoais, sugerindo que eu redigisse algo a partir de sua história vivida. Um desafio, pensei. Uma invasão? Não seria, pois que a idéia não partira de mim. Bom, respondi que tudo bem, mas que o texto sairia diferente do acontecimento, que sou uma escrava do que escrevo, que não sou senhora de nada, que não passo de uma lambanceira de papéis imaculados, etc., etc. Vai daí, com a anuência de meus, repito, adoráveis leitores (mesmo que raros), comecei minha tarefa. E estou adorando. Tenho escrito coisas a partir de experiências alheias, que, no correr da pena, para minha surpresa, passaram a ser revividas por mim. De repente, aqueles relatos eram meus, eu é que tinha passado por aqueles momentos todos. Somos mesmo um só nesta vida? Somos muitos. Contrários e tão semelhantes. Queria continuar a experiência. Estou pedindo sua colaboração no sentido de me enviar um bom mote. Em troca, empresto-lhe minha veste à visita de seu momento. Algo como: me empreste um pedacinho de sua vida? Não precisa ser necessariamente uma experiência vivida, pode ser só uma sugestão, um tema, algo. Vamos começar? Então...