Maria, uma mulata muito simpática que vivia naquela casa a muitos anos; ninguém sabia quantos! O que se sabia era que Maria já há muito era considerada da família. Ela era uma espécie de governanta, sabia de tudo e de todos, confidente da moçada, e a guardiã da moral. Além da casa; ela olhava o pessoal que costumava reunir-se por lá... Segurar o fogo daquela turma de adolescentes não era tarefa fácil. Ieda era a mocinha da casa, tinha seus quinze, dezesseis anos, quando se sucedeu esta história. A menina era precoce, adrenalina pura; tinha que ser marcada homem-a-homem, se desse bobeira ela já se atracava com algum garoto. E olha que queria que rolasse tudo, a menina realmente era terrível. William um garotão que morava perto dali, vivia tirando uns sarrinhos com Ieda, mas nunca teve a chance de ir mais longe, não dava, Maria estava sempre colada neles. O garotão ficava por ali sempre esperando uma oportunidade para atacar. Sempre fazia isso na parte da tarde, geralmente quando todos tiravam uma soneca. Cachico era o papagaio da casa de Ieda, louro esperto, falador, era uma ave que encantava a todos pela sua inteligência e beleza. Foi criado desde novinho, e tratado a pão de ló. Naquela tarde, William viu Maria saindo toda pronta, bem arrumadinha, sinal que ia demorar bastante tempo fora de casa. Era a oportunidade que ele queria; em poucos minutos, sem que ninguém o visse, ele estava na casa de Ieda. Logo que chegou foi logo pros amassos, quando quis ir mais longe, Ieda falou: - Calma vamos fazer um joguinho de baralho, cada partida que um perder tira uma peça de roupa do outro. Assim foi feito, o jogo já tinha uma hora que começara, nessas alturas Ieda tava só de calcinha e o William só de cueca.
Mas ao lado, muito interessado estava o louro Cachico; só vendo até onde ia o joguinho deles. Nesse instante William disse para Ieda: - Olha aqui benzinho, se você perder essa você tira a calcinha eu tiro a cueca; e a gente transa, o.k... - Claro, claro... Disse a excitada garota. Foi aí que se ouviu a voz fanhosa do papagaio... - Aí ó moçada! - Se for assim; bota carta pra três.