Usina de Letras
Usina de Letras
159 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O Mistério de Raposa -- 01/07/2002 - 13:39 (Jeferson Nogueira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todo o dia caminhava ele do pavilhão principal até o pátio de passeio. Aquelas primeiras horas da manhã eram as suas prediletas. Os outros detentos o conheciam pelo nome de Raposa. Até que era digno de tal apelido, já que possuía pernas longas e finas, olhos grandes e orelhas de abano .
Comentava-se que era muito fechado quando chegou. Ficava no pátio, sozinho, sem dizer uma palavra sequer; ninguém sabia qual o crime que cometera, nem mesmo os guardas, porém sabiam que fora algo grave para que estivesse preso num presídio de segurança máxima.
Após alguns meses, o mistério envolvendo seu nome cresceu tanto que até mesmo os guardas resolveram apostar para ver quem conseguiria arrancar, dele, uma palavra sequer sobre o seu delito. E como nessas histórias onde o pepino sempre sobra para o mais fraco, escolheram o cabo Pinto para realizar a façanha.
Logo no dia seguinte, durante a revista das celas, sentou-se ao seu lado e tentou iniciar um diálogo... ... ... Sem êxito... O sujeito era fechado mesmo! Seria necessário um árduo trabalho.
Semanas passaram, muitas tentativas se seguiram e, aos poucos, o cabo Pinto conseguiu criar um laço de amizade. Estava mais perto do que nunca para descobrir o principal: Qual o motivo da prisão daquele homem.
A amizade entre os dois crescia a medida que se conheciam mais e melhor. Os guardas permitiram algumas visitas esporádicas à portaria e logo, Raposa estava freqüentando o local diariamente, sem dificuldades; transformou-se em ritual a conversa entre ele e os guardas, justamente nas primeiras horas da manhã, suas prediletas.
Em certa noite, enquanto faziam sua rotina de vigília, os guardas avistaram uma pessoa que se aproximava, vindo do pavilhão principal em direção ao pátio de passeio. Era impossível que um dos detentos estivesse andando sozinho pois todas as celas estavam trancadas...
- É só o Raposa! _ Exclamou um dos guardas.
- Entra. A porta está aberta. Você quase nos assustou. _ Retrucou cabo Pinto.
Aquela cena pareceria estranha para qualquer um mas não para eles. Aquele não era um detento como os outros, além do mais, a grande pergunta ainda estava sem resposta, ninguém ganhara a aposta e... ... Por que não espantar o sono com um bom bate-papo?
Os cinco adentraram a noite; falaram sobre tudo, até mesmo sobre a aposta que fizeram e a grande pergunta.
De repente o silêncio da noite é rompido por três disparos. Mais uma olhada na portaria e encontramos os quatro guardas no chão, banhados em sangue e Raposa segurando a arma de um deles. Cabo Pinto ainda teve forças para olhar e ouvir a grande reposta:
- Assassinato Premeditado. Esse foi meu crime.
- Mas pensei que éramos amigos... _ Balbuciou o pobre cabo.
- Raposa e Pinto?! _ Retrucou _ Só se for em contos de fadas.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui