"Pernas e Braços Com Findo Cabeças"
KaKá Ueno...13 07 02.
Falei de mim, para não falar de você.
Não contei do balançar nem do teu requebrado...
Assim te observei,
parecia quê,
havia ter havido um passado:
nesta viagem no qual ninguém poderia ter ido.
E eu, sozinha, nem mais pensei que outros haviam ter sonhado...
Viajei por toda a tua escuridão,
E eu, não mais segui, nem pude sonhar,
encontrei-me sozinha,
nesta depuração de tempo,
pude encontrar-me,
tão só e quase sem vida.
Parada, tantos me olhavam...
e eu, não pude gritar o que senti,
só disse ao vento que jamais seria tão só.
Ele sequê me ouviu
Eu disse pare, para me escutar...
Num silêncio tão pávido inseguro e doloroso
fora distante, sem mim,
nunca mais ouvi falar de você.
A escuridão da noite,
meu eco chorava,
só pude ouvir meu próprio soluço
A menina calada ao leu sem nada,
ressentiu-se, carinhosa ofendida e ferida,
caçava por todos que havia um sol,
perguntou a vários se alguém saberia o que era um sol,
pois ela buscava o dela.
Descalça com seu guarda-chuva.
Soluçava, enquanto a chuva caía:
Com seu vestido de chita
Vermelho, a tinta escorria,
desbotada, às cores passavam por suas pernas,
Como se fosse sua primeira menstruação.
Os cabelos molhados, lisos e escorridos
E o guarda-chuva fechado,
O seu corpo molhado,
E a menina chorava,
tão só no meio do nada.
Sua cabeça nada pensava...
Enquanto o corpo caminhava, em direção à lugar algum
Nem às pernas trôpegas conseguiam parar,
Aqueles braços tão finos,
ao balançar do corpo não parava.
E ela não chegava...
Em algum lugar ela iria
Sim! Ela chegou!
E hoje nem sabe onde está.
Quem um dia pensou esta em algum lugar?
Ninguém esta onde queria ficar.
E eu, também não sei.
Só sei que fiquei,
Tive uma boneca,
uma rede e uma cachorra:
E estes como parentes, nunca me traíram.
Cuidei de deles como se fosse minha família...
Nem todos tinham vida
E a noite, conversávamos em volta da mesa,
e ao irmos para cama:
Um dia minha cachorra morreu
Semanas antes de sua morte ela me olhava,
a noite ela chorava,
eu sabia que algo lhe doía,
E eu não podia fazer nada.
A boneca eu dei,
Com a rede eu fiquei.
Pernas e Braços Com Findo Cabeças.