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Contos-->Caçada ao Assassino Cap.3 -- 16/06/2000 - 01:13 (Carlo Alessandro Baptista da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caçada ao Assassino Cap.3

" A Espada Embainhada "

Quando alguém morre, nunca demora muito para que a notícia chegue a família, em meus anos como
policial nunca compreendi como existe essa velocidade para os familiares se materializarem numa cena de crime e tumultuarem tudo com lágrimas, eu não tenho filhos, nunca perdi um,
não sei como é...
O casal chegou aproximadamente as 2:30, alguém da companhia do metro havia ligado, eu
não achei que fosse o melhor momento para me
apresentar, a mãe dele parecia jovem quando chegou e eu a vi envelhecer 20 anos na minha
frente quando recebeu a notícia de que não havia
mais nada a se fazer, o pai do rapaz entrou em
choque no banco e teve de ser atendido pelo
médicos que estavam alí.
Meu parceiro Eric Castanheira, o Castanho
para os amigos, chegou pouco depois.
- E ai, parceiro, noite dura ? disse.
- Mais um louco a solta, empurrou o garoto
na linha do mêtro e fugiu sem ninguém ver, mas
temos uma testemunha.
- Alguma identificação ?
- Tinha o rosto coberto por uma máscara dessas de pessoas que sofrem queimaduras, provavelmente falsa, mas não sei, temos algumas
imagens no vídeo, mas nada que de para aproveitar.
Eric foi até o corpo do rapaz e deu uma olhada, olhou de volta para mim e acendeu um
cigarro, tinha a barba por fazer...
- Serial... o que você acha ?
- Pode ser um caso isolado, mas tenho a
sensação de que é o primeiro...
- Temos de procurar por alguma mensagem,
sempre tem alguma coisa.
- A perícia já começou a trabalhar.Agora é
só esperar.
O celular tocou e atendi, era meu chefe,
expliquei a situação ao Ten. Silveira," não
poderíamos criar pânico nos usuários do mêtro
com isso", ele disse.
Era apesar de tudo divulgar como
acidente, era a velha história da verdade contra
a meia verdade, anui que sim.
Eu deveria ter apostado que ia dar merda,
mas não havia o que fazer, o primeiro deles,
um jornalista do NP chegou, tranquei a porta
onde a Andreia estava, sem a verdade por enquanto
para o garoto, por enquanto sem a verdade...
Castanho me olhou, lhe passei o sinal, ele
assumiu o contato com o garoto, acendeu outro
cigarro...e disse sem som,olhando para mim e somente mexendo a boca:
- Vai dar merda...

Caçada ao Assassino.
Cap. 3

Lorcar.
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