Jeff, na realidade, foi o derradeiro cowboy da cidade de Allensville. Cowboy romântico, bem à moda antiga, de dialogar com os prisioneiros, de buscar a escada do céu para concluir os seus inquéritos, enfim, aquele sherife que quase nunca usa os revólveres para resolver as questões mais truculentas. Quer saber, eu admiro muito o Jeff, as suas reações inflamadas e instantâneas, a sua incondicional inclinação para ser a favor dos amigos e contra os inimigos, desta forma, sem titubear.
E assim ia ele, resolvendo problemas do Arley, que era o seu ponto de arrimo no cargo. Mas, se um de nós outros, mesmo que não fôssemos tão importantes, porém sendo do seu círculo de amizade, pedíssemos qualquer apoio, o Jeff jamais falhava.
Mas, nós sabemos que ninguém pode agradar a todos por muito tempo. Começou a se formar, lentamente, um movimento contra o nosso Jeff. Uma reuniãozinha aqui, um comiciozinho ali, uma frase solta acolá e a comunidade, de repente, começou a rejeitar o bom sherife.
Até que veio o dia da provocação premeditada: o prefeito demitiu o melhor assessor de Jeff, isto é, puxou-lhe o tapete.
Jeff, como era de esperar, entregou cargo, deixando muita saudade em todos aqueles que, igual a mim, admiravam tanto a sua conduta truculenta, algumas vezes, porém, quase sempre romäntica. Até breve, Jeff.
