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Contos-->O Pesadelo -- 19/08/2002 - 11:11 (Paulo Milhomens) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Só me lembrava da tempestade. Os ventos suicidas
no alto da torre pareciam o alarde do inferno. É
a hora mais propícia para se cometer um homicídio.
Maldito! Por onde estaria naquele momento, eu pre-
cisava eliminá-lo, era uma questão de honra... e
não de vingança. A estupidez da vingança pode ser
relevada, mas vingança não vem ao caso.
Achou minha mulher gostosa, não é? Comeu a desgra
çada? Então vai engolir uma bala na cabeça. O reló
gio de feira marcava dez e trinta e oito - soube
que passaria neste local para comprar o vibrador -
pelo menos foi o que ouvi no telefone. Aquela bru-
aca não sabe mesmo disfarçar! Linha tripla, né? Eu
contrato as melhores pessoas para fazer o que eu
não sei. Vão me pagar...
Rosa sua escrota, quando eu terminar o serviço,
vai sobrar pra você. Dor de homem traído não se
satiriza assim. Vou dançar em volta do túmulo, sou
bailarino de primeira, depois cuspo no epitáfio.
Olhei para a torre novamente. Desta vez era o re-
lógio dela. Dez e quarenta. Não posso confundir o
leitor com o dia, era noite.
Silêncio. Lá vem ele, só preciso de um disparo.
Só mirar no melhor lugar e puxar o gatilho, não
tenho de me preocupar com a cabeça. Assim elimino
todas as suas idéias de pé-de-pano da minha vida.
Puta que pariu! Estou rindo de mim mesmo. Bala na
cabeça não é para qualquer um. Estou confuso, mer-
da, acho que estou com medo.
Dou o tiro. No exato momento ele passa a mão nos
cabelos. O projétil acerta a mão esquerda e atrapa
lha o destino final: estraçalha os dedos, só que
o crânio acaba desviando o último suspiro. Está
caído e gritando muito... "Cale a boca filho da
puta, depois vai ser ela!"- só que o ordinário não
me ouve. Miro mais uma vez para celar o acidente,
só que ele está rolando como um porco no abate, e não consigo matá-lo. Começo a chuta-lo. Continuo
fazendo isso intensamente, com muita força até
perder os sentidos.
Ouço um grito: "Rafael, pare pelo amor de Deus!"
Rosa!? Mas o quê... o que está acontecendo? Ele
não morreu? - pergunto ainda atordoado - não deu
certo. Rosa me acalma. Acalma meus braços, depois
me dou conta de que estava dormindo. Tive um pesa
delo. Um sonho de corno.
Vou até a cozinha pegar um pouco de água.
Espero ela sair para olhar em volta da cama em re
buliço. Meu Deus, ela ouviu tudo. Droga, foi só
um pesadelo. Conto até três.
Sinto uma leve batida dentro do armário. Levanto
rapidamente ainda assustado. Abro a porta sem pen-
sar... e o que encontro? Um homem. O cara do sonho
está aqui no meu guarda-roupas? Quase gaguejando
ele diz ser apenas um sonho:
- Volte para a cama. São onze horas da manhã. Eu
não sou real...
Seu pau ainda está duro. E com uma marca vermelha
na cabeça...
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