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Contos-->Ausência inevitável -- 20/08/2002 - 19:49 (Rose Maura Fleixer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Tinha aquela mulher ao seu dispor. Tudo que sempre quiz... alguém como ela para fazer com que sua vida tivesse algum sentido.
Estava cansado de envolver-se com pessoas fúteis, mulheres lindas, mas vazias, porque era especial demais para encontrar alguém que o completasse e o aceitasse com toda aquela forma complexa de ver a vida.
Aquela mulher nem era seu alvo, era apenas mais uma "caça", entretanto, antes do primeiro beijo ela exitou e pela primeira vez ele teve paciência em querer conquistar alguém, nem entendia porquê.
Conseguiu uma noite ao seu lado e sentiu que ela não era mais "uma".
Era inteligente, bem humorada, meio louca, mas doce, e pela primeira vez deitou-se com uma mulher para descançar sua cabeça sobre o seu colo e não para transar, como de costume.
Esteve apaixonado e também assustado; ela era casada. Tirou rapidamente de sua cabeça qualquer possibilidade de um final favorável. Porém não conseguia desligar-se totalmente dela.
Ela era amiga, conselheira, companheira e fazia coisas que constantemente o surpreendia e, apesar de tudo, tinha o maior respeito pelo marido, não conseguia justificar a atitude que a levava e uma suposta traição. Jamais falara mal dele e isto fazia com que ele a admirasse cada vez mais.
Via em suas virtudes as suas fraquesas e justamente por suas fraquesas é que não sabia como dar o devido valor que achava que ela merecia.
Marcava encontros, mas sempre "furava", posto que bastava um amigo convidá-lo para beber e lá se ia o encontro. Não conseguia fazer nem um gesto de carinho, ainda que o tivesse por ela, porque poderia parecer um tolo apaixonado.
Já contava com sua companhia a mais tempo do que estivera com qualquer outra mulher e não entendia porque ela ainda se mantinha sua amiga depois de tantos destratos. Parecia querer protegê-lo, ainda que corresse riscos. Proporcionava a ele coisas que jamais outros o dariam. Fazia tudo com tanta ternura e prazer que seu peito doía por saber que aquela, apesar de ter chegado na hora errada, era a mulher certa, mas não conseguira entrar em seu coração como deveria ser. Sentia-se triste por não conseguir amá-la como merecia, talvez por isso as vezes fosse mal com ela para tentar, com isso, fazê-la odiá-lo.
Não tinha coragem suficiente para dizer-lhe que não a amava, mas sentia um imenso carinho por ela, aquilo poderia causar-lhe grande dor.
Certa vez falavam sobre as partidas e o quanto estas são repentinas. Ele não quis mais ouvir nada sobre ausências, sempre achava que ela falava demais sobre coisas que não devem ser faladas.
Despediram-se naquela manhã onde juntos esperaram o sol nascer. Ele sentiu uma grande tristeza em seu olhar e saiu preocupado.
Soube, dias depois, que ela sofrera um acidente... e a ausência se fez para sempre, como ela costumava falar. Só então entendeu o grande amor que sentia pela única mulher que era feita para completar a sua vida.
Ele nunca mais encontrou alguém como ela e lamentou profundamente por não ter aproveitado a sua presença e agora ter que carregar consigo eternamente sua ausência.
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