Usina de Letras
Usina de Letras
69 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62822 )
Cartas ( 21344)
Contos (13289)
Cordel (10347)
Crônicas (22569)
Discursos (3245)
Ensaios - (10542)
Erótico (13586)
Frases (51215)
Humor (20118)
Infantil (5545)
Infanto Juvenil (4875)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1380)
Poesias (141100)
Redação (3342)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2440)
Textos Jurídicos (1965)
Textos Religiosos/Sermões (6301)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->A coruja e o macaco discutem o direito -- 23/08/2002 - 14:06 (José Ronald Cavalcante Soares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Discutiam de modo entusiasmado o Macaco e Coruja, enquanto outros animais participavam, mas apenas como platéia.
A Coruja, comedida e séria, afirmava:
- Nós precisamos de regras. Para conviver em harmonia devemos obedecer às regras que foram criadas, exatamente, para permitir que o direito de um não esmague o direito do próximo.
O Macaco, impaciente e irônico, balançava a cabeça e contestava:
- Ora, ora, ora, D. Coruja, como vou obedecer a uma regra que foi criada sem que eu desse a menor opinião? Quem estabeleceu essa regra, quando, para quê?
A Coruja, sem perder a serenidade, respondia:
- Trata-se de uma convenção social. Num dado momento, para evitar o caos, o salve-se quem puder, a sociedade convencionou, através de um pacto, a observância de normas jurídicas que regulariam a vida social. Ninguém sabe precisar quando nem quem, mas o fato é que cada sociedade só consegue sobreviver seguindo as suas regras.
_ Tô fora, d. Coruja. Nada daquilo foi criado com a minha participação, por qual razão vou obedecer?
- Se você não obedecer, será exercida a coercibilidade para forçá-lo a seguir as regras. Doutra forma, você se tornaria um marginal, um fora da lei.
- Prefiro ser um marginal a ser um capacho. Aliás, seguindo as minhas próprias regras de esperteza a polícia jamais me pegará e vou usufruir das benesses sem ter que pagar por isso.
-Mas, mas, Senhor Macaco, a coisa não é bem assim.Existe lei neste território. Você vai ter que ceder.
- Ora, D. Coruja. O mundo está cheio de exemplos de pessoas que vivem numa boa e jamais se sujeitam a qualquer tipo de constrição ou de norma. Estão sempre de cima, estão sempre de bem com a vida, enquanto os bobos trabalham e obedecem. Mas, é uma verdade irrefutável: uns nascem para mandar e usufruir; outros nascem para ser mandados e para penar. Estou no primeiro grupo, o que é que há?
- Mas...
- Não tem mais nem menos. A lei foi feita para manter os tímidos sob rédeas. É a moral dos tempos modernos.
As vozes estavam acaloradas. A polícia chegou, quis prender os dois, mas o macaco fugiu e a pobre da coruja, coitada, que pregava a obediência à lei, terminou seguindo direto para o xilindró.
Moral da história: quem tem moral acaba preso.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui