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Contos-->O Dia de minha Morte -- 29/10/2002 - 19:09 (Aline Paludetti) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era noite, andava eu pelas ruas perdido em pensamentos caminhando sem rumo, quando me vi perdido na parte boêmia da cidade, via meretrizes em seus altares de papelão nos convidando a uma noite de luxuria, ainda hoje, após 20 anos como morto não sei por que não aceitei a aquele vil prazer. Guiado por instintos, talvez, me guiei a um hotel barato no canto de uma esquina suja e negra, uma senhora me aguardava de roupas negras, não sujas e sim aparentemente finas para o local. Lembro que pensei em como alguém poderia viver assim, bem, eu mesmo vivia assim e ainda me pergunto como conseguia.
Sabia quem ela era e o que talvez quisesse comigo. Não, ela não era outra das “rainhas das ruas”, era velha demais para isso, o rosto sereno sem sentimento algum, ela se parecia comigo ou pelo menos parecia similar a mim.
Sem ao menos conhecê-la contei tudo, absolutamente tudo como se regurgitasse todos os fatos de minha triste vida. Odiava-me por isso mas não conseguia parar era, agora, o meu vício diário. Do nada ri, me sentia um idiota por contar coisas tão intimas a uma pessoa que sequer conhecia.
O rosto vermelho. Ardendo, um tapa... Aquela... Aquela vadia me dera um tapa ao rir dela, não pude acreditar... a raiva me consumia por completo e o cheiro insuportável daquele lugar pútrido começara a me incomodar. Gentilmente levei minhas mãos ao seu pescoço apertando pouco a pouco. Sentia suas veias estourarem, meus ouvidos encantados com a doce melodia e seus gritos finais, lembro do gozo, da alegria... do gosto de sua carne fria em contato com a minha.
Naquele dia, a 20 anos atrás, morri... não conseguia sentir coisa igual ao tato da morte que provoquei, me fechei para o mundo. Sem mais sorrisos, sem mais olhares... Nada!
A partir daquele dia, a partir daquela hora, o vazio, o silêncio, o frio me dominara...

20 de Setembro de 1815
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