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Contos-->Exéndrico -- 01/11/2002 - 17:59 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nelson Rodrigues escreveu que uma morte não acontece de repente: Ela é anunciada aos poucos e se pode perceber a sua chegada. Eu como profissional de saúde já escutei vários comentários sobre isto. Tanto numa doença, acidente ou agressão. Mas creio que não existe aventura maior no ser humano do que a loucura. Falo do pinel, a que é punida com camisa de força, eletrochoques, etc... Aquele de comportamento inexplicaveis, que assustam. Mas não é apenas a essa dimensão a que me quero referir. Sem para isso ter uma argumentação lógica elaborada. Acho de que sem loucura não existe criação. É um estágio superior da lucidez. É um estado de graça , ou de desgraça, sempre caro, que escapa aos mecanismos do racional dominada, para ser uma fértil terra de ninguém. Assim era Junão, um rapaz forte, inteligente, criativo, estudioso. A capacidade consciente de escapar aos limites da racionalidade, permitiu o acesso a uma outra realidade, que, ainda possa ser regida por uma lógica proxima da comum. Tinha desvios e conflitos próprios, que estabelleceram uma dinâmica especifica, que supreende. Ele dizia para mim, que na vida dele , o que mas ouço dizer,, algumas vezes, sempre com uma supresa renovada e sincera, é que os amigos gostaria de saber de onde vem o que ele inventa, o que imagina e escreve, que sendo dele, não sabe de onde vem. Mas um artista, poeta, escritor, consegue invadir esse território desconhecido do imaginário. por uma vontade consciente, tendo uma clarividência suficiente para constatar que deambula por um universo paralelo, maior e destinto do inconsciente. É esse estado de demiurgo, essa capacidade do criador de entrar nessa lucidez, seja escritor, poeta, pintor ou cientista, que faz dele um criador. As vezes, os comportamentos confundem-se , quem não sabe de loucuras de amigos e conhecidos, tanto por amor, outras coisas. No cotidiano da vida, de um valor lúdico e critico tão presente que deslumbra, diverte e provoca uma secreta inveja dessa coragem de atos gratuitos, dizia Junão. Ridiculos, provocadores, mas , acima de tudo vitais? Geralmente essas atitudes, praticadas por artistas, são absorvidas pelo seu status, uma vez que essas irreverências não tem a mesma leitura que se praticados por um trabalhador comum.. E será que a excentricidade proverbial do artista, através dos séculos, que se manifesta nas suas irreverências, seja no jeito de vestir, nos próprios modos, no palavreado solto, é apenas uma forma de se vender como um ser à parte dentro da sociedade que integra, ou é a impossibilidade de regresso completo ao mundo do bom senso, que se supõe ser o mundo da sociedade estabelicida, falava Junão. Será que essas viagens ao território da loucura, sem a qual a expressão artistica não existe, têm um bilhete de volta? Pobre de quem um dia teve acesso a esse estágio, isto está ao alcance de todos, más é de poucos a coragem e a sabedoria, de a buscar. Gostaria de pensar que, as vezes, me logro ínsinuar nessa aventura, a maior do ser humano e prazer orgástico supremo. -José Angelo Cardoso,-Poeta, contista, artista plástico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras.
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