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Contos-->Doce Perfume -- 10/12/2002 - 04:23 (KATHERINE RABELO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Parado não. Lerdo não. Detalhista, era assim
que Sérgio se descrevia.
Aquela vagareza que às vezes parecia ser
completamente inerte, a respiração quase mortal
não revelava a mente extremamente veloz, a máquina
que não parava nunca, o foco que não deixava
escapar nada por trás da lente espessa, mesmo
de olhar cerrado nada lhe escapava.
Aquele turbilhão de idéias parecia estar num
caldeirão sobre uma fornalha. A aritmética, o som
do andar de alguém, a fórmula da relatividade, a
partitura, o poema e o perfume dela. E esse
último, o mais presente, parecia entranhado em
suas narinas, estava tirando sua concentração.
Ela chegava a se irritar com tamanha capacidade de
ser tão invisível, e isso a intrigava. Raramente
percebia a presença dele, e o máximo que Sérgio
conseguiu foi um aperto de mão desde a primeira
série. Foi Há poucos minutos atrás, e ele lá, no
mesmo lugar catatônico, e continua aspirando com
tanta veemência, aquilo que parecia ser o mais
precioso dos alimentos.
Enquanto Clara ri, sarcasticamente do quatro olho
mais sem graça que já vira;
- Você viu Suzi, ele é bobo demais! Parece até
que veio de outro planeta!
- Clara, ele ainda está cheirando a mão!
Mesmo estando nessa situação ele articulava,
genialidade, não lhe faltava, logo encontraria o
resultado dessa equação.
- Suzi, como alguém pode ser tão sem graça?
Perguntou inquieta.
- Sei lá!Esquece ele. Vamos nos atrasar.
Foi assim que ele fez com que ela o notasse,
ou melhor não fez!
Ela já estava indo embora quando resolveu
voltar. E perguntou:
- Você conhece a lei de ação e reação?
- Claro é...
- Você não entendeu! Interrompeu-o aos risos.
E agarrando o pobre e franzino rapaz, falou
sussurrando:
- Nunca vi ninguém ter tão pouco e sentir
que tem tudo! Isso é por seu amor e seu desejo!
Beijou-lhe com todo o prazer e desejo,
de que jamais ele sonhara em ter,
então ela se virou e foi embora.


Katherine Rabelo


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katrabelo@zipmail.com.br



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