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Contos-->A viagem de avião -- 13/01/2003 - 14:14 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A viagem de avião

Eu fiz uma viagem às pressas, certa vez, para Campo Grande em visita final ao um grande amigo, que se encontrava no leito de morte, e pediu a seus familiares que eu estivesse presente. Diante de tal urgência, resolvi fazer a viagem de avião. Comentei o fato a Juvenal, que imediatamente se prontificou em ir comigo.
_ Amigo é pra essas coisas. Irei com você.
Tomou dinheiro emprestado de seu sogro, e no dia marcado estava ele diante de minha casa, portando uma bagagem de cruzeiro, tamanha a quantidade de malas.
_ É uma viagem rápida. Dois ou três dias no máximo.
_ Mas Campo Grande não fica no Mato Grosso do Sul? Como é que vais em dois dias?
_ Ora meu filho de avião, em três horas estaremos lá.
_ De avião?... Vamos de avião é?
_ Sim...algum problema?
_ Não... claro que não.
No embarque desconfiei que Juvenal estava apavorado. Não falava nada, nenhuma de suas fantásticas estórias, nenhum pio.
_ Algum problema, Juvenal? – tornei a perguntar
_ Não ...imagine . Nenhum.
_ Já viajaste de avião alguma vez?
_ Claro que sim. Quando eu morava no Ceará, fazia isso quase toda a semana.
_ Sei...
Eu tinha comprado passagens da classe econômica. Ficamos bem atrás; eu no corredor e Juvenal na janela. Ao sertarmos tive a certeza de que de avião meu colega não entendia é nada. Era um desassossego só.
Os tripulantes iniciaram as orientações de bordo. Primeiro em inglês, Juvenal inquieto, lascou:
_ Eu não to entendendo nada o que essa moça está falando.
_ São as orientações de bordo. Ela fala primeiro em inglês e depois em português. Não tinha isso lá no Ceará?
_ Tinha... quer dizer não tinha. Era teco-teco, não um bichão desses!
Decolamos. O avião começou a tomar altitude; Juvenal agarrou com tanta força a poltrona que fiquei receoso de que a quebraria. Logo que emparelhou abriu os olhos, soltou o assento devagarzinho e beijou o crucifixo. Naquele instantes estávamos a uns três mil metro de altitude, voando por sobre as nuvens. Juvenal olhou pra mim incrédulo com o que via. Olho arregalado soltou:
_ Jesus Cristo nos salve!
_ O que foi?
_ Compadre, o avião tá de papo pra cima!

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