Tinha uns quatro para cinco anos de idade,
quando colocou a mãozinha miúda para fora da janela e sentiu o floco de neve.
Suave, caindo do céu, como algodão branco, igual à barba de Papai Noel.
Isso foi há muitos anos atrás, na região do minho, em Portugal.
Que belo país, velho mundo, um suspirar profundo, por aquela terra natal.
Gente boa, gente amiga, que a todos intriga, pela felicidade no rosto,
pelo modo de falar, pelo jeito de amar.
A neve, é a precipitação de cristais de gelo,
em geral de forma hexagonal e intricadamente ramificados,
e por vezes aglomerados em flocos,
formados diretamente pelo congelamento do vapor de água
que se encontra em suspensão no ar atmosférico.
É um espetáculo da natureza,
que amolece a dureza, da pessoa sofrida,
do coração e da vida.
É a presença de Deus, o nosso Pai Celeste,
que através do frio da neve,
quebra o gelo do homem,
que como criança,
lança a mão à janela,
prá pegar aquela,
neve branca.
Um floco.
Um bloco.
Prá escrever a história da vida,
que Deus criou para nós.