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Contos-->Visão de um crime -- 03/02/2003 - 13:56 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Roberto e Sandra estavam casados há dois anos e moravam em São Paulo. Não eram de brigar, mas de vez em quando, como todo casal, discutiam, sempre em busca de melhorar o relacionamento. Não se pode dizer que os dois eram ciumentos, não, levam o relacionamento numa boa, sem excessos, tanto é que Roberto (um pouco mais ciumento) deixava que ela tivesse alguns amigos homens, que na opinião dele, sempre queriam come-la.
Chovia muito em São Paulo naquela noite, e Sandra após um dia de trabalho chega em casa toda ensopada. Roberto já havia chegado, e se assusta, pois não era normal ela chegar àquela hora. Roberto não diz nada, não era de controlar, mas ao vê-la naquele estado, pede para que vá tomar banho. Após um banho quente e relaxante, Sandra se prepara para ficar perto do marido, como fazia todas as noites.
Roberto estava na sala assistindo tevê, quando Sandra chega toda perfumada. Antes de se sentar ali junto ao marido, fica ao lado da tevê e de frente pra ele. Num tom de quem tem algo importante a dizer começa:
_ Roberto preciso falar com você.
Assustado Roberto lhe diz:
_ Eu tô te traindo.
_ Repete que não entendi!
_ Eu tô te traindo!
Roberto olhou bem pra ela, tentando olhar em seus olhos, mas Sandra olhava pro chão. Roberto gritando manda para que ela levante a cabeça, e tentando ser calmo pergunta:
_ Quem é ele? Eu conheço?
_ Não, você não conhece, é um colega de trabalho.
_ Do trabalho... Sei. E há quanto tempo vocês tão juntos?
_ Há duas semanas.
_ Há duas semanas, e você não me diz nada.
_ Eu tentei te...
Roberto lhe interrompe e diz:
_ Deixa eu adivinha. Você tentou me avisar, mas não conseguia.
_ Sim, é isso.
_ Sei. - Irritado, se levanta, de frente pra ela, lhe pergunta gritando - Como você traiu minha confiança por duas semanas? Como?
_ Eu... Eu não conseguia te dizer.
_Ah, dizer você não conseguia, mas trepa com ele...
Sandra ficou nervosa, e com o dedo mandou ele tomar no cu. Roberto saiu da frente dela e caminha pela sala, como se quisesse se acalmar. Sandra continuava parada onde estava desde o início. Então Roberto pergunta:
_ Porque você não chama ele um dia desses pra janta?
_ O que? Não entendi!? Janta?
_ Sim, janta!
_ Pra que? Pra ele conhece o chifrudo.
_ Não, pra ele conhece verdadeira putinha que ele tem nas mãos.
_ Puta é a vaca da sua mãe.
Roberto partiu para cima dela, e num gesto de querer dar um tapa, Sandra imóvel lhe dizia:
_ Bate na cara da putinha, bate!
Roberto furioso lhe deu um tapa. Vendo ela rir-se dele, lhe deu um violento soco, que a fez cair. Era a primeira vez que brigavam assim, Roberto não havia se quer lhe encostado à mão.
Sandra, com o nariz sangrando, ficou por alguns segundos no chão, se recuperando. Roberto vendo-a no chão, se agachar junto dela, pedindo-lhe desculpa, mas Sandra chorosa pedia que a soltasse. Roberto a atende, e com ele já longe, Sandra se levanta e vai para o quarto, batendo a porta.
Roberto começa a pedir desculpa, mas sem conseguir resultando, senta-se no sofá e tenta entender o que havia acontecido. Começa a pensar em voz alta, e se vê culpado daquilo, não vendo que do outro lado também havia um culpado, ou que não havia culpado nenhum, que uma situação inusitada pode ter levado a tudo aquilo. Sandra sentada em sua cama chorava, e dizia a si própria que não podia deixar Roberto, mas que não podia também deixar de ter prazer com Paulo (amante).
Meia hora depois Sandra sai do quarto com os olhos marejado de lagrimas, e com uma mala na mão. Quando ia partindo em direção a porta que dá para rua, sem que Roberto a percebesse, ele a vê, impedindo-a, segurando Sandra e sua mala. Sandra cansada de se desvencilhar tenta manter a calma diz:
_ Eu não posso mais viver com você.
_ Mas...
_ Mas o que? Eu já me decidi, vou viver com o Paulo.
_ Que Paulo?
_ Meu amante.
_ Quer dizer que o nome dele é Paulo.
_ Sim, é Paulo, e eu quero ir embora.
_ Não, você não vai embora, sem me dize o que eu fiz?
_ O que você? Você ainda pergunta?
_ Sim!
_ Você me bate, não me dá prazer algum a tempos, e não me deixa sair, pensando que eu sou sua propriedade. Quer mais? - silencio - Você na verdade não fez nada. O problema sou eu. Eu gosto do Paulo. Além disso, se continuasse a viver com você, me arrependeria de seguir meu coração e não me sentiria feliz.
_ Mas você acha que ele te fará feliz?
_ Não sei! Só vô sabe se experimenta.
_ Mas você tá a fim de se desafiar, se arriscar, e de se arrepender?
_ Sim, a vida é um desafio constante.
Roberto saiu da frente da porta e a abriu como um cavalheiro. Ainda chovia, quando Sandra colocou os pés pra fora de casa. Triste e de cabeça baixa, Sandra queria beijar Roberto lhe ofereceu o rosto, mas Sandra beijou-lhe a boca como forma de despedida. Foi um beijo longo e apaixonado, mas que após o mesmo, pareceu entristecer Roberto, que encostado no batente da porta. Quando Sandra já se dirigia ao carro, Roberto pega uma barra de ferro encostada na parede e se dirige devagar atrás dela. Ele lhe chama e com um golpe violento acerta a cabeça de Sandra. Com Sandra viva e cambaleante, Roberto lhe acerta outro, matando-a.
Roberto ao ver Sandra caída e ensangüentada, soltou a barra, parecendo ter tomado consciência do que havia feito. Coloca as mãos sobre a cabeça e em prantos, a abraça forte e a beija por alguns minutos. Solta-a em seguida e deixando-a onde estava, caminha em direção da rua, e pelo meio dela segue sem rumo.
Pela manha um dos vizinhos encontra a porta da casa aberta, e em seguida Sandra, morta no mesmo lugar onde Roberto a havia matado. O vizinho corre até a própria casa e de imediato telefonou para a polícia, que leva Sandra, e pediu para que um dos vizinhos que conhecesse a família da vitima, a avise.
Roberto nunca mais foi visto pela rua, pelo bairro, é agora considerado suspeito, um fugitivo da lei. Paulo, amante de Sandra, foi interrogado também é suspeito. A família de Sandra quer justiça, e desconfia de Roberto e Paulo. Já a família de Roberto está envergonhada, apesar de não acreditar que Roberto pudesse ter feito aquilo.
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