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Contos-->Corvos e homens -- 05/03/2003 - 17:41 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Logo que chegaram viram as carnes, as frutas, a riqueza da terra. Pousaram nuns galhos e deixaram que outros as trabalhassem até chegarem ao ponto. Esperavam o serviço dos trabalhadores até o começo da noite.
Depois vinham e comiam até se empanturrar. Voavam pesados para os galhos, esperando o raiar do dia e a faina dos coitados.
Logo de manhã cansados e fracos o lavor dos homens tomava conta da paisagem e os corvos assestavam-se nos galhos da mata fechada, esperando o momento de cear.
Um dia um dos homens que trabalhavam a terra e não conseguia comer seus frutos viu as manchas das asas dos corvos. Pode distinguí-los da mata, contá-los e memorizá-los.
Com medo de ser identificado, sussurrou a outro que haviam aves de rapina nas vizinhanças.
Um outro achou que não eram de rapina, apenas aproveitadores casuais. Falou e apontou para as árvores.
Naquele dia os corvos se reuniram e decidiram comer o homem que os apontava sem maior cuidado.
A questão era comê-lo de noite, quando todos dormiam, ou de dia, em frente aos demais para ganharem moral diante dos trabalhadores.
Atacaram de noite, e a carne do homem saciou seu apetite por um dia.
Outros homens souberam e temeram o fato. Mas alguns não se deixaram abater. Queriam a morte dos corvos.
Mais um bobo apontou para as árvores. Foi morto durante o dia, para impressionar os homens.
Um homem decidiu que cortando as árvores os corvos iriam embora. Assim fez.
Os corvos resolveram se mudar para as casas dos homens, fracas e desprotegidas.
Comeram os filhos dos homens e suas mulheres. Aí os homens choraram lágrimas de sangue.
Perceberam que em breve nada mais haveria, somente os corvos.
Foi quando tardiamente se organizaram e atacaram os corvos, matando todas as aves, sem questionar mais se eram ou não de rapina.
Buscaram outras mulheres e plantaram outras árvores. E vigiaram os céus, para estabelecer segurança nas propriedades. E foi assim que aconteceu.
Eles viram que não havia outro jeito senão tomar uma atitude.
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