Caminhando à noite pela areia do mar da minha sereia, lá no alto a lua é cheia, o meu alvoroço é grande.
Penso em você a todo instante...
A noite serena sombreia o mar, as ondas gigantescas mostram a fúria de sua agitação.
Não sei explicar o que separa o porto da cidade?!
Na verdade, a distância é o medo de não te encontrar.
Lá no alto a lua é cheia, e olho-a tentando encontrar uma passagem secreta para estar perto de ti.
Adiante no mar pára um grande barco, uma cidade flutuante acesa, que dá um frenesi que arrepia minha carne só em imaginar num talves de estares
naquele barco jogada em outros braços.
Não é fácil ver que as estrelas mudam de lugar a procura de outras noites...
A noite está quase dando o seu lugar para a chegada do dia e não apareces. Nada mais me importa nesta noite perdida em solidão.
Estou diante de um mar sem palavras, de certezas mortas, de um fim perdido.
Só sei que o acaso é frio, congela sentimentos, acaba com paixões. Mesmo assim, sigo em frente faltando uma parte de mim, com um vazio no peito, com um arco fincado no coração.