Deitado quase no leito do rio, o poeta para e pensa e do nada chega Deus para com ele dialogar.
P - Deus como posso amar tanto, mas a dificuldade desse amor deixa em pleno pranto.
D – Calma poeta contraditório, porque me perguntas algo como esse se você mesmo diz que não acredita em mim.
P – Nunca quis dizer isso Senhor, mas quando digo isso não contesto tua existência e sim o como o homem te fantasia.
Não vê que eu estou certo, olhe para aqueles que dizem ter por ti lealdade, pois eles mesmos escondem a verdade que são pecadores, melhor simples pagãos, não abrem seu coração e vivem em torno do pecado.
Eu não faço isso, pois sei que também estou errado e espero o juízo final para pagar os meus pecados.
Mas diga-me Senhor que é dono de tudo, o porque de amar e sofrer.
D – Será que nem mesmo você entendeu poeta.
P – Não entendo, é um castigo teu?
D – Não diga isso mortal infame, não percebes que essa não é a minha intenção a dificuldade é um teste para ver se não é somente uma paixão e sofrer de amor é uma prova tanto tua quanto de tua amada.
P – Entendo, pois eu quero um amor para toda vida não somente uma mulher apaixonada.
D – Tu, vejo que entendes o que é a paixão e vejo que essa não é a sua intenção queres um amor verdadeiro.
P – Para que os meus versos sejam puros preciso de alguém que eu ame e que me ame de verdade, pois para mim o certo é a única maneira de ter felicidade e quero se que concretize isso, pois digo que eu a amo tanto.
D – Então nobre poeta porque deves estender esse pranto?
P – Sei que parece que não tenho razão, mas Deus não posso ao menos toca-la do jeito que eu queria.
D – Isso só o destino dirá.
P – Meu amor por ela é espírito não há tenho como matéria e temo que isso perpetue para todo o infinito.
Se isso acontecer prefiro logo a morte.
D – Cale-se mortal sem noção, pois as coisas têm sempre um fundo de razão e tu assim só irás atrapalhar os passos do destino.
D – Pareces até menino dizendo isso, tu bem sabes que tudo que acontece foi feito para dar certo e somente saberás disso quando encontra-la.
Somente assim terás a sua resposta.
P – Mas Senhor da supremacia, diga-me se irei encontra-la.
D – Deus para lá, Senhor para cá, porque vocês mortais não esperam para ver a solução dos problemas, esse mundo que criei às vezes me faz indagar se vale a pena, pois vocês não percebem que para os humanos tudo será finito.
P – Creio que sim Senhor, mas não posso mais viver sem esse amor que me invade.
D – Descreva então o seu sentimento e assim verei se realmente é puro e verdadeiro assim lhe conceberei a ti um desejo para remir esse amor que lhe faz poetizar tão bem.
P – Meu amor é mais que somente palavras ou mais que o próprio corpo, posso dizer que eu amo sem face, a todo dia nasce dentro desse amor um novo sentimento que no fim acumula-se tornado um sentimento maior, Deus tu não conseguiria nunca imaginar a vontade de sentir os lábios dela e nem mesmo entenderia a vontade que tenho de sentir o corpo dela ao meu lado, assim esqueceria do passado por somente esse momento.
Palavras e expressões ainda faltam para descrever o meu sentimento, sentimento de amor.
D – Reconheço que esse amor o qual tu dizes que sentes é o amor sonhado, mas não fique assim tão magoado, pois por um amor tão bonito eu farei o que pedes.
P – Então diga se o sentimento dela é verdadeiro?
D – Jamais isso eu poderia responder, pois somente um poeta como tu irás saber se ela ama de verdade.
P – Terei esse momento?
D – Por tão nobre sentimento mereces uma chance para dizer frente a ela o que tens no coração, mas não espere amor nem paixão, pois tu podes ficar mais ainda ferido.
P – Quando será esse momento Deus dono de mim.
D – O destino lhe dirá sim acredite nas minhas palavras de criador.
P – Creio nelas sim meu Senhor, não posso viver sem esse amor que vejo, amor que tanto desejo.
D – Digo também menestrel de nobre canto, não quero ver tamanho espanto pelo que eu tenho para lhe dizer.
P – Diga Senhor.
O que irá acontecer.
D – Olhe sempre a tua volta e para dizer a verdade vejo que essa dificuldade não será nem da tua parte e nem mesmo da parte dela.
D – Será tarefa sua lutar contra os que te rondam.
P – Oh Deus são corvos?
D - Sim são corvos que agem em forma de pombo que sobrevoaram teu caminho a procura de uma queda ou um erro.
P – O porque desses inimigos.
D – A razão é que nunca estarás só.
Todo amor bonito sofre do mau da inveja e só você poderá administrar essa situação.
Lute com todas as forças que tu tens e veras como acabaras com essa oposição.
P – Deus será que junto dela ficarei e isso se entenderá ao infinito?
D – Só digo que o que sentes é bonito.
P – Deus...
D – Tenho que partir nobre poeta.
P – Enfim será que terei esse amor por inteiro, se nem o Senhor me responde pergunta como essa o que será verdadeiro.