Mais um dia de solidão, como se fosse um diário em forma de conto, um conto triste onde eu tomei a liberdade de escrever, não em versos como me sinto, pois um poeta não precisa sempre do lirismo para dizer como dói a falta de uma musa, a falta de alguém que o escute e o respeite, de alguém que o faça sentir o mais puro e mais belo dos sentimentos, o amor.
Esse ano tem sido difícil para o contista e poeta que vos escreve, um ano que tem agora um só ideal, um ideal que não é tão almejado quanto agora, um ideal de ser feliz, pois não se a felicidade sem um verdadeiro amor.
Para muitos a felicidade é o dinheiro, e para outros a felicidade é um bom cargo, mas para mim, um poeta que experimenta o gosto de estar sozinho, ficar sem um amor, ou melhor ficar sem a felicidade é como se faltasse um lado do coração e assim, esse nobre órgão do peito fica cada fez mais fraco e mais triste, preso à insegurança e engajado na falta de esperança de que um dia isso tenha fim.
Para um poeta, a solidão mesmo que seja por uns dias é o castigo mais indesejável, algo que somente seria dado por um pecado maior do que os pecados mortais.
Não há felicidade sem um verdadeiro amor, sem uma musa eterna, mesmo que o poeta esteja cercado de mulheres e amigos, mesmo se ele esteja com uma boa vida e um bom futuro, o que eu mais quero é alguém que complete esse sonho tão desejado por todos, mas mais por mim, mais pela poesia, mais pelo humilde dom que Deus me deu.
Vejo-me num mundo onde há felicidade tem somente a metade de um sorriso. Percebo que a desesperança toma conta de mim e de minha alma e percebo que os brilhos de meus versos somem como uma estrela que se acaba no céu, uma estrela finita que deixa de existir, que não mais ira voltar.
Oh Deus viver sem um amor é como viver sem à luz de nossos caminhos, é como olhar para o horizonte e não mais achar ele belo como antes, diriam os sábios que; viver sem um amor é como se a vida não tivesse cor, é como se a vida não tivesse vida, é como se não houvesse nosso rosto refletido nesse rio que corre, corre até chegar e falecer no mar.