Na casa da esquina morava um tio meu que por incrível que pareça era o mais chato do bairro. O pessoal dizia que ele era o desmancha prazer da vila oeste.
Nos dias de jogo de futebol, ele só para incomodar saia com a camisa do time contra. Se fosse Atlético Mineiro e Santos, ele saia com a camisa do Santos, e se fosse Cruzeiro e Botafogo la ia ele incomodar no boteco com a camisa do Fogão.
Que cara chato, ele não gostava de futebol, mas fazia questão de comprar essas camisas para chatear o bairro. Ele não sabia nada de futebol, mas adorava ir ao dia seguinte incomodar os torcedores do time derrotado.
Muitos diziam que ele não era brasileiro por não gostar de futebol, não gostar de samba e não gostar de mulher, isso não digo o mesmo, mas eram os comentários da vila, pois o meu tio vivia sozinho, desde que mudou para cá já ofendeu tanto a classe feminina que elas passam do outro lado da rua ao ver ele.
Uns diziam que morar perto da casa da esquina era um pesadelo porque ele às seis horas da manha colocava um som muito alto, por sinal a mesma música, o mesmo ritmo, Amazônia do Roberto Carlos.
Hoje não sei se devo dar graças, mas meu tio por motivo de trabalho se mudou para outra cidade, o mais engraçado de tudo que ele era tão chato que o seu ultimo dia dele no bairro fizeram para ele uma festa, e ele ao saber disso, não foi à festa. Meu tio era tão chato que diz que ia a festa, mas não foi e deixou todos esperando ate de noite.
O pior de tudo é que quem mudou para casa da esquina é igual ao meu tio, igual nos gestos e no modo de levar a vida, parece ate maldição da casa ou maldição da esquina.
Caros leitores, agradeço a atenção que
vocês tem ao ler os meus textos e aviso
que estou voltando a fazer poesias
para aquelas pessoas que me enviarem
o e-mail e o tema.
Obrigado pelos elogios e pelas criticas
e digo que responderei a todo e-mail,
e enviarei a poesia em pouco prazo.