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Contos-->Os olhos verdes de Mar -- 11/07/2003 - 08:40 (Dolores de Paula) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Manhã caseira, sol tímido aquecendo. Paz de domingo, daqueles que se você não sai, opta por ficar em casa, ajeitando, acertando coisinhas que deixa para quando tiver mais tempo e nem por isso sente menos prazer, sente aconchego.Dispensa um carinho mais demorado em algum lugar da casa, mexe com a terra, com bicho, pé no chão, enfim, à vontade, sabendo não precisar correr porque o dia é seu.

A manhã seguia assim, como outras já passadas e como poderiam ser. Então porque o pensamento volta e meia voava longe, alto? Por que mexer em coisas,lembrar rostos, nomes que deveriam ficar onde estão e o vácuo tomar lugar...Ficar imaginando o que poderia ter acontecido, o que está acontecendo não vai levar a nada, pois o nada está em nós também. Não imaginar, não querer, apenas ser, ter o que é de direito. Direito do qual se investe, não de forma autoritária e sim de uma forma que me possibilitasse atravessar o tênue fio que separa a realidade da fantasia. Direito que permitiria abrir mais janelas do interior, percorrer os corredores, instalando em algum cômodo ainda que não em definitivo.O preço dessa exploração, desse tour, qual é? Algumas ilusões a menos e a constatação de que mesmo viajando na fantasia, conhecendo o êxtase, haverá dor. Pois somos, nos permitimos viver. Não pelo mal nem pelo bem, apenas buscando completar, preencher, trazer luz a esses cômodos inexplorados ou mal explorados.

Deveria estar alegre, afinal, eu rio, converso, junto de pessoas queridas que também me querem bem. Estou certa disso, estou no meu lugar. Todavia, o pensamento voa longe, a memória registra falta de um colo, um lugar numa cama,um carinho em meus cabelos, um certo par de olhos verdes. Mesmo sabendo que se vive as coisas no tempo que nos é dado viver, coração fica apertado. Não de mágoa, tristeza, mas constatação de um gosto de quero mais, que o tempo inexorável carrega no vento sabe se lá para onde.
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