Usina de Letras
Usina de Letras
33 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22562)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51130)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O Mistério dos Houston -- 28/11/2003 - 00:47 (Clarissa Borba Batista Macedo de Azevedo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Você provavelmente irá achar que esta história é pura invenção. Eu não quero lhe iludir. Quero alertar-lhe sobre os perigos da natureza humana.
Eu sou cético. Sou médico, não posso crer em tudo o que vejo; tenho que trabalhar com o lógico e o possível. Mas o que aconteceu no último inverno na caso dos famosos Houston foge à tudo que eu pensava conhecer.
Em uma tarde fria e chuvosa, eu me encontrava no meu consultório médico. Mas a cidadezinha de Oavonshire me parecia limpa e isenta das pestes que assolam o mundo inteiro. Casos graves como uma febre não eram nada comuns lá. Por isso eu não estava tão esperançoso quanto à vinda de algum paciente.
Foi então que ouvi um tropel desesperado de cavalos. Corri para a janela e avistei o coche dos Houston parando à minha porta. Dele desceu John Houston, o filho mais velho da família. Ele veio correndo ao meu encontro.
- Venha, depressa! Crystine está morrendo!
Você realmente nunca iria querer ver o que eu vi. Não há ser humano que chegue a um estado tão deplorável quanto o de Crystine. Os olhos da caçula da família sangravam, sua boca estava branca; mas suava frio e tremia. Nas poucas condições que me restavam, examinei a menina. Uma, duas, infinitas vezes. Deu-lhe remédios, fiz tudo o que estava ao meu alcance, mas os sintomas não cessavam. A menina morreu.
Procurando saber que doença era aquela, perguntei a Kate, a ama-seca de Crystine, o que era havia feito antes dos sintomas aparecerem. Eis o que me disse:
- Ah! Essa família, está desgraçada, Dr. Wallace! Minha avó, que conheceu o meu patrão quando era jovem, me disse que ele fez um pacto com o demônio, trocando todos os membros de sua futura família por muita riqueza! Vovó disse que a maldição iria começar quando a terceira filha completasse 11 anos. Dito e feito! Mal a menina Crystine fez 11 aninhos, o … levou ela embora!
Eu não acreditei em uma palavra que a ama-seca falou. Que história fantástica! Por isso resolvi consultar seu próprio patrão, Sr. Houston.
- Crystine era esperta, inteligente. Deve ser por isso que ela era tão agitada. Vivia indo à floresta, sem o meu concedimento. Sempre voltava machucada. Hoje de manhã foi diferente. Ela voltou pálida, mas sem nenhum arranhão. Até muito quieta. Não quis comer e se encerrou em seu quarto. Foi então que John, notando o seu comportamento, foi até seu quarto e a encontrou no estado que você viu.
A nossa conversa foi interrompida por um grito. Kate, a ama-seca, encontrara John morto na biblioteca. Ao seu lado havia um bilhete que dizia o seguinte: “Sem minha irmã eu não vivo. Desculpem-me, mas me matar foi a única solução”.
Tudo aquilo já esta a me deixando preocupado. Foi então que a Sra. Houston adoeceu de uma febre. Com algumas dificuldades eu consegui tratá-la, e ela melhorou.
A noite havia chegado, e eu achei melhor ficar na mansão. Ao contrário do que eu pensava, a noite foi tranquila. Claire, a filha do meio, estava bem de saúde, apesar de ser paraplégica.
Na manhã seguinte, fui acordado às pressas pelo Sr. Houston. Ele me levou até seu quarto. Sua esposa estava deitada na cama, com as mãos entrelaçadas sobre o peito, sorrindo. E estava morta. Ela não estava doente, seu coração simplismente parou.

“Ótimo” – pensei eu. “Agora a filha do meio morre e se completa a maldição”. Por conta desta pedi ao Sr. Houston para ficar naquela casa por mais alguns dias. Uma semana se passou e tudo corria bem na mansão. O único fato que considerei estranho foi a extrema felicidade de Kate, a ama seca. Mas preferi não me preocupar com ela.
Porém, no dia em que eu ia embora, Claire foi dar um passeio na floresta e não voltou. A menina havia sido picada por um enxame de abelha e havia morrido. Por conta disto resolvi ir logo embora daquela casa. Mas o Sr. Houston não me deixou. Ele pediu que eu ficasse mais um dias. Acho que ele estava com medo, ou então queria me mostrar algo. Então eu fique.
Foi quando durante a noite escutei dois tiros. Corri para o local que me pareceu a origem do som, o escritório, e encontrei kate e Houston mortos. Pelo que vi, uma matara o outro.
Na manhã seguinte enterrei os corpos e fui embora daquela casa. Faz algum tempo que isto aconteceu. Eu como você, não entendi nada do que aconteceu naqueles dias. E ninguém sabe disso além de mim e de você, meu amigo. Por isso saiba que esta carta é confidencial. Não a mostre a ninguém. Por favor me escreva.
Do seu amigo,
Wallace
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui