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Contos-->Uma Fábula Preciosa -- 24/01/2004 - 11:08 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Às horas tantas de um dia qualquer, após uma tempestade, um sanhaço ia passando e deu com um colibri desolado. Não podia seguir viagem sem tentar dar um alento àquele bichinho tão poético e encantador. A própria paisagem, de flores silvestres multicores, atraiu-o fortemente. Com o coração quase paterno, perguntou ao indefeso beija-flor:

- O que te deixou tão desencantado, menino colibri, acaso sofres de azia e o néctar de alguma flor te fez mal?

- Tenho medo! – dizia ele, roxo e assustado.

– Por estas bandas, nunca me reconheceram como pássaro de bom agouro.

- Mas por quê? – pergunta o sanhaço, cheio de pose...

- Ora, porque o anu está sempre a dar aqueles gritos maledicentes e a matraquear sempre os mesmos grunhidos sem-graça que já se tornaram sua marca registrada.

O colibri ficou a considerar o colega por algum tempo imaginando qual seria sua opinião sobre o assunto, mas o outro apenas considerou:




- Ah! Já sei de quem estás falando. Esse anu só sabe mesmo é gritar, gritar, e gritar. Não te aflijas. Lembra-te do velho ditado:

“Cão que ladra não morde".

- Não morde, mas perturba! Se, mesmo nessa gritaria sem controle, ainda tivesse um repertório decente. Seus desatinos çao repetitivos, sempre os mesmos, com terrível insanidade.

- Mas tu és um colibri ... Só alegras o ambiente onde surges. Todos se encantam com teu esvoaçar brejeiro, cheio de coreografias suaves, como se fosses pétalas de flores aceleradas pelo vento...

- Sou isso tudo. Mas o agourento cismou que tem de disputar o meu vôo. Percebe como ele escurece a natureza quando aparece?

Pensando, com o olhar distante, considerou pausadamente o sanhaço:

- A vida é assim, caro colibri; uns embelezam pela sua graça natural; outros tudo sujam tentando embotar sua própria incapacidade de, simplesmente, viver...

MORAL:

Na Comédia da Vida, há os que acendem luzes e os que tentam apagá-las... Ao menor toque de claridade, porém, as trevas se dissipam, por inteiro. E a LUZ salta em todas as direções.









Texto atualizado no dia 9 de julho para as escritoras Gerusa Martins e Miriam Maranhão, que o requisitaram para adaptar e posteriormente publicá-lo em seu livro didático... Beijo pra elas!




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