“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”
A Dantas, Goltara, Eliana Berto e Hull de La Fuente, pelos contatos e incentivo poético.
Ah! Que saudade Maria!
Daquele tempo passado,
Eu era o teu namorado
E muito alegre vivia;
Mas vivo triste hoje em dia
Faltando em minh’alma a paz,
Essas saudades fatais
É o que me desespera,
“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”.
Que paixão tão violenta
Surgiu em mim ao te ver,
Senti minha boca arder
E o peito quase arrebenta;
Hoje o coração lamenta
Pois não te viu nunca mais,
Oh! Maria onde estás?
Vivo aqui a tua espera,
“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”.
Do jeito que eu te amava
Amavas a mim também,
Se eu te queria bem
Tu de mim não descolava;
Porém o tempo passava
Para não voltar jamais,
Nosso “castelo de paz”
Se transformou em tapera,
“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”.
E na passagem dos anos
Vi minh’alma entristecida,
Pelas maldades da vida
Ilusões e desenganos;
Que lindo eram os nossos planos
Porém vieram os seus pais,
Transformaram em temporais
Nosso “sol de primavera”,
“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”.
Hoje sou um sofredor
Porque carrego na vida
Uma paixão proibida
Uma ilusão, um amor;
E o peso dessa dor
Eu já não agüento mais,
Talvez eu encontre a paz
Na morte que me espera,
“NO TEMPO QUE NÓS DOIS ERA,
DOIS NAMORADOS PRA TRÁS”.
Autor: WELLINGTON VICENTE.
Mote do professor ALEIXO LEITE FILHO. Caruaru-PE.
Sítio Sobradinho - Altinho (PE), dezembro de 1985.