ESTOU FUMANDO O CIGARRO DA ILUSÃO E A FUMAÇA ESCREVENDO O NOME DELA.
Inspirado neste quarteto, enviado por Fátima Marcolino.
“Fumo um cigarro...em sonhos me embeveço
Lembro uma data... em cismas me dilato
Leio uns versos, revejo o teu retrato,
E quero te esquecer, mas, não te esqueço.”
Avistando uma Estrela cintilante
Como que apontando para mim
E dizendo para a Lua, bem assim:
- O Poeta está pensando bem distante!
Eu acendo o cigarro, num instante
Vou tentando desenhar minha aquarela
E no meio desta Selva pinto a tela
Inspirado numa Musa do Sertão
Estou fumando o cigarro da ilusão
E a fumaça escrevendo o nome dela.
A distância, aliada da saudade,
Vai tentando desta forma me abater
É em vão, pois me ponho a escrever
Expulsando o que vem da soledade.
Poesia! Venha, santa majestade!
Ajudar a livrar-me da seqüela
Do amor que outrora eu dei a ela
E por troco recebi ingratidão.
Estou fumando o cigarro da ilusão
E a fumaça escrevendo o nome dela.
Autor: Wellington Vicente
Porto Velho, 25/04/2007.