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Cordel-->Minha Aposentadoria -- 28/08/2007 - 20:39 (TARCISO COELHO) |
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Vou embora pro meu Ceará
Porque lá tenho um nome
Não sou Luiz com fome
E aqui não posso ficar
Foram vinte e oito anos
De trabalho no Banco
Agüentando firme no tranco
Como previam meus planos
Não pisei subordinado
Nem puxei saco de Chefe
Pois não sou um mequetrefe
Tenho muito é trabalhado
Hoje estou realizado
Com a missão cumprida
E mais uma vez de ida
Para o meu solo prezado
Pode ser seco e duro
Chover pouco e ser quente
Mas a sua boa gente
Acredita no futuro
Não estou indo pro escuro
Lá meu sol é bem mais claro
E banho de mar não é raro
Tenho a praia do futuro
Esta história teve começo
No Sertão Pernambucano
Setenta e seis era o ano
Até o dia não esqueço
Foi em trinta de dezembro
Tomei posse em Salgueiro
E não houve desespero
Isso é coisa que não lembro
Depois fui pra Juazeiro,
Parnamirim, Piancó
E nunca me senti só
Em dezembro ou janeiro
Manicoré me abraçou
Na nossa grande Amazônia
Pois digo sem parcimônia
Quem passou ali gostou
Retornando ao Pernambuco
Fui à São Vicente Férrer
E na volta não há quem erre
Se já não estiver caduco
Ali passei quatro anos
Até noventa e dois
Para AUDIT fui depois
Onde passei nove anos
Conheci todo o Brasil
À exceção de três estados
Que fui só aos seus lados
Mas suas terras não vi
Picos e Rio Branco
As duas últimas paradas
Talvez melhores estadas
Das que tive no meu Banco
Não esqueci Wanderley
Onde um dia fui adido
E na Bahia fui querido
Do seu povo que amei
Aos colegas meu abraço
Aos clientes agradecimento
Pois não há esquecimento
Na lembrança sempre trago
Quem te ama de bom grado
Por tudo que me destes
Diz feliz um cabra da peste
Banco do Brasil muito obrigado!
6.596.285-0 Luiz Tarciso Coelho Bezerra
Rio Branco (AC), julho/2004 |
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