Quão triste a sina do caboclo
Que padece na vida Severina
Semeia o grão qual Deus ensina
E espera a chuva de bom gosto
Mas o sol queima o seu rosto
E a enxada caleja a sua mão
De tristeza chora sem ter pão
Sequer pra dar a uma menina
Jesus salva a pobreza Nordestina...
Com três dias de chuva no Sertão
(Tarciso Coelho).
O bezerro mamando a cauda abana
A espuma do leite cobre o peito
Cada estaca de cerca tem direito
Ao rosário de flor da jitirana
No impulso do vento a chuva espana
A poeira do palco do verão
A semente engravida e racha o chão
Descansando dos frutos que germina
Jesus salva a pobreza Nordestina...
Com três dias de chuva no Sertão
(João Paraibano).