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Cordel-->A RAPADURA DO CUMPADRE -- 28/01/2008 - 10:30 (Pedrinho Goltara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A RAPADURA DO CUMPADRE


Meu quirido Cumpádi Airão
Fiz u téstio da raspadura
As muié tuda indoidáro
Faláro qui obtívi a cura.

Cumpádi, tá fazêno fíla
As muiér mi percurâno
Perciso sabê dipreçínha
O efêito vái inté quâno?

Tô aqui cum istóqui
Das raspadura di vosmicê
Tá terminâno êçi mêiz
Ôtro pidído vô remetê.

Êta fostificãnti danádo
Qui levantô mêo morá
Cumpádi, ancê é mêso amigo
Pur íço fôi mi ajudá.

Agóra, tô pensâno cumigo
Falá cum ancê, Airão
Si mi vendê e dé prazo
Vô querê um caminhão.

Claraluna já aprovô
Êçe sêo medicamêntu
Usô eli pra animia
Acabô sêo sufrimênto.

Ôtras puetísas uzáro
E faláro só munto bêim
As raspadura vão chupâno
Qui chêga aí di Itanhêim.

Por íço, mêo Cumpádi
Tênho um grândi aprêsso
Nóça mizádi é respéitóza
Num sêi nêm si merêsso.

Quâno o cabra pur aquí
Tivé cum morá pra báxo
Mândo iscrevê pra ancê
Daí ancê fáiz o dispacho.

O dispácho qui fálo
Num é di macumba não
É das tár raspadura
Qui só aumênta o tezão.

O negósso é mediciná
Num é ninhum palavrão
O hômi cum bíxo caído
êntra inté em depreção.

Intôn-se, já foi provádo
Num véva nu sufrimento
Mêo cumpádi Airão Rebêro
Têim o cérto medicamênto.

Si cum a raspadura
O negósso num funcioná
Dotô Pedróca inté falô
Qui o jêito é cortá.

Máiz, amigos num disipéri
Si tá néça situasão
Eu sarêi duma vêiz só
Cum as raspadura do Airão.



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Goltara - 28/01/2008 - 10:30
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