Chamaste-me ao duelo
Eu vou ter que duelar
Vou afinar minha lira
E te colocar na mira
Quando eu começar rimar
"Amargas e externas
Internas e profundas marcas de amores"
Dores profundas risos calados
Cicatrizes,segredos guardados
Vou te contar. Sei que a rosa
Que em verso e prosa
Vou te enviar
Será bem guardada
E bem conservada
Em teu poetar.
O poeta procurava na praia
Seus segredos, anseios e medos
Com as conchas misturados
Numa luta vã, o dia inteiro
Procurava o amor arrastado
Pela ressaca do mar bravio
Mas foi no rio, na pororoca
do delta com o mar que veio
a encontrar a fonte dos anseios
Numa garrafa boiando
E dentro dela,um gênio gritando
Para alguém o libertar.
O poeta destampou o frasco
A boiar, o gênio era
seu medo de amar,
seu segredo querendo voar
Pois o poder estava trancado
Há muitos anos guardado
No cofre do saber poetar
E então, libertou o gênio contido
E entre sorrisos e gemidos
Fez do livro, seu lazer, seu lar
Porque ler é massagear
a lâmpada poderosa e liberar
o engenho poético retido
Escrever é oferecer um tapete voador
Para que outros possam alçar vôos
no mundo encantado
da imaginação poética do escritor
Em viagens fantasiosas de amor
Nos segredos e medos do coração.
Escrever é também oferecer
um tapete voador para que
outros possam alçar vôos
no mundo encantado da magia
de transformar a dor e o medo
o segredo e a vida em poesia.